quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Luís Cília foi uma voz que me acompanhou na adolescência


Aqui ao lado está a capa do segundo disco de Luís Cília, Poetas Portugueses de Hoje e de Sempre. Foi este o primeiro disco dele que eu tive; trouxe-mo o meu pai, clandestinamente, de Paris.
Era, contudo, no primeiro disco de Cília que se ouviam os famosos (para uma ínfima minoria) versos:
"É sempre a mesma melodia/ Salazar e a sua democracia".
A edição que eu tive deste disco não foi, todavia, a primeira (que esgotara entretanto), mas sim a segunda.
Marcello sucedera entretanto a Salazar, e Cília alterara os versos:
"É sempre a mesma melodia
Salazar e a sua democracia
Com Caetano é a mesma porcaria
As moscas mudam só a merda não varia."
Lembrei-me destes últimos versos quando li no Público que, depois dos candidatos autárquicos que ofereciam electrodomésticos e bilhetes para espectáculos de variedades, havia agora quem oferecesse bicicletas.
Será verdade? Não creio...
Hélas!
Boas meditações!

1 comentário:

  1. Parece que a diferença é que um é cacique e o outro é estadista...

    ResponderEliminar