quinta-feira, 21 de maio de 2015

A propósito de um detalhe de The Way to Calvary,

de Pieter Brueghel, diga-se que o duque de Alba deixou tão boas recordações na Flandres que, ainda no início do século XX, às crianças irrequietas era dito: "Se não te portas bem, o duque de Alba vem aí e leva-te." Informação colhida no notável livro de Michael Francis Gibson, The Mill and the Cross.

De "Roteiro dos Navegantes",

de Gianfranco Ravasi, pensando, em particular, nos amigos que não crêem na procura, eis um excerto para meditar sobre o que podem (devem) significar os (in)esperados encontros com a alteridade: "... em cada rosto humano oculta-se o enigma daquele Rosto último, invisível mas representável, às vezes também entrevisto mesmo por aqueles que não o procuram, porque inconscientemente levam em si mesmos o seu reflexo. Precisamente por esta 'semelhança' de fundo entre o humano e o divino é que a frágil embarcação da nossa busca deverá apontar antes de mais para a 'cidade do homem', uma cidade não apenas fascinante e cintilante de luzes, constelada de sinais e de 'caminhos de beleza', mas também arruinada nalguns dos seus bairros onde aparecem 'caminhos de fealdade'. Seja como for, nela está plantado um sinal que indica uma outra cidade mais admirável e perfeita, a 'cidade de Deus'." (p. 39)