terça-feira, 31 de março de 2009

Ainda Ilda David'

Eis uma ligação que vos permitirá entrar em contacto com esta belíssima exposição:
http://www.assirioealvim.blogspot.com/

Boa viagem!

Gender Theories

Excerto de diálogo entre [o Grande] Hércule Poirot e [his associate] o capitão Hastings:

Hastings - Acha que ela pode ser a assassina?
Poirot- Sim.
Hastings - Mas... ela é uma mulher!
Poirot - E então? As mulheres não podem ser assassinas?
Hastings - Podem, mas não se deixam apanhar!

Bom dia!

segunda-feira, 30 de março de 2009

Fernando Guerreiro disse a propósito de "Watchmen"


Fernando Guerreiro disse a propósito de Watchmen que a primeira hora e vinte minutos eram excelentes, e eu subscrevo.
Para os menos versados nas virtudes culturais anglo-saxónicas, recordo que o vilão se chama Ozymandias; diálogo que envia, de imediato, para Shelley.
Podereis retorquir que existe uma filiação grega do nome no faraó [User-nmat-er]; aliás foi daí que Shelley partiu. Para tirar as dúvidas quanto à filiação em Shelley, atente-se na inscrição no pedestal da estátua, já perto do desenlace: "My name is Ozymandias, king of kings, / Look on my works, you mighty, and despair."
Faltam, porém, as derradeiras palavras: "Nothing besides remain..."
Talvez tenha sido daí que "A Gazetilha", de Álvaro de Campos, emergiu: "Dos LLoyd Georges da Babilónia/ Não reza a história nada."
[Para mais informação sobre este diálogo cf. Ekphrasis - O poeta no atelier do artista (Cosmos, 2006), pp. 100-101]

domingo, 29 de março de 2009

David' sobre Pessoa, e este sobre Shakespeare

"O GRANDE SHAKESPEARE que é toda a gente e o Homero impessoal que, talvez como o próprio Homero, é um grande indivíduo que não é ninguém." (Fernando Pessoa, Escritos autobiográficos, automáticos e de reflexão pessoal, p. 360)

sábado, 28 de março de 2009

Ainda o diálogo com Pessoa


"Aproximaria as pinturas de Ilda David' daquilo que Heidegger dizia habitar no núcleo mais íntimo de cada ser: a consciência de uma falta."
(José Tolentino Mendonça, Tábuas de Pedra [Assírio & Alvim, 2006])

Ilda David' prossegue hoje um diálogo da imagem com Pessoa, no Chiado, de olhos voltados para o S. Carlos.



sexta-feira, 27 de março de 2009

"Horoscope"


"You wanted to study
Your stars - the guards
The guards of your prison yard, their zodiac. The planets
Muttered their Babylonish power-sprach -
Like a witchdoctor's bones. You were right to fear
How loud the bones might hear
What the bones whispered
Evben embedded as they were in the hot body.

Only you had no need to calculate
Degrees of your ascendant dusruptor
In Aries. It meant nothing certain - no more
According to the Babylonian book
Than a scarred face. How much deeper
Under the skin could any magician peep?

You only had to look
Into the nearest face of a metaphor
Picked out of your wardrobe or off your plate
Or out of the sun or the moon or the yew tree
To see your father, your mother, or me
Bringing you your whole face."

(in Birthday Letters)

quinta-feira, 26 de março de 2009

Letters of Ted Hughes

Quando as Letters of Ted Hughes foram publicadas, li as 700 páginas em três dias. No final, não estava enfartado mas... "happy, as great power makes us happy", como dizia o Emerson a propósito do Whitman.

Aqui ficam dois excertos dessas cartas (nestes casos para o filho, Nicholas):

"[March 1971] (Nicholas tem 9 anos)
Dear Nick -
The stag is jumping over a tired hyena. The rabbit is listening for its bomb to explode. The leaves are hiding a man playing a piano.
But Nicholas is fishing in the lake on the other side of the hill.
Love Daddy"

"[Undated 1986]
I hope things are clearing. It did cross my mind, last summer, that you were under strains of an odd sort. I expect, like many another, you'll spend your life oscillating between fierce relationships that become tunnel traps, and sudden escapes into wide freedom when the whole world seems to be there just for the taking. ..."


quarta-feira, 25 de março de 2009

Nicholas Hughes (1962-2009)


"O teu

mano faz
guinchar o seu balão como se este fosse um gato.
Parece ver
um divertido mundo rosa que ele pode comer do outro lado;
morde-o,

depois, senta-se
de novo, qual jarro gordo
contemplando um mundo transparente como água."

"Balões" (excerto), tradução minha in Sylvia Plath - O rosto oculto do poeta

terça-feira, 24 de março de 2009

Pedro Proença no Chiado




Em diálogo (?) com Fernando Pessoa



Segundo a auto-definição do artista:
Naughty Abstraccionism