segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Pedagogias sobre o passar dos dias

Sobre os vossos instantes quotidianos, atentai nestes versos de Leonard Cohen à luz de Odes de Salomão: "Do not dwell on what has passed away,/or is yet to be." Isto é: "Aquele que se maravilha com a Vida está também vivo. " Odes de Salomão (texto cristão hebraico do início do século II)

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Com estas cores

de um quadro de Giovanni Segantini, deixo-vos, melómano confesso (que não naïve, como aquele meu amigo que dizia de alguém não poder ser má pessoa porque... gostava de Led Zeppelin!), estes versos da cena i, acto V, de Merchant of Venice: "The Man that hath no music in himself,/ Nor is moved with concord of sweet sounds,/ Is fit for treasons, stratagems, and spoils;/ The motions of his spirit are as dull as night,/ And his affections dark as Erebus:/ Let no such man be trusted. Mark the music." Uma sugestão: decorem estes versos e, quando alguém vos disser que não gosta de música, citem-nos... com convicção!

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

"Naquele tempo

os pastores dirigiram-se apressadamente para Belém e encontraram Maria, José e o Menino deitado na manjedoura. Quando O viram, começaram a contar o que lhes tinham anunciado sobre aquele Menino. E todos os que ouviam admiravam-se do que os pastores diziam. Maria conservava todas estas palavras, meditando-as em seu coração." Sobre estes versículos de Lucas 2,16-19, escreveu o monge cisterciense Santo Amadeu de Lausana (1108-1159):Quando, pela primeira vez, tomou nos braços o seu Menino, o Emanuel, Maria discerniu nele uma luz incomparavelmente mais bela do que o sol, sentiu um fogo que nenhuma água teria podido apagar. Recebeu, escondida naquele pequeno corpo que acabava de nascer dela, a luz deslumbrante que ilumina tudo e mereceu ter nos braços o Verbo de Deus, que sustenta tudo quanto existe (Heb 1,3). Como não haveria de se deixar invadir pelo conhecimento de Deus, qual onda transbordando do mar (Is 11,9)? Como não haveria de ficar extasiada, fora de si mesma, elevada às alturas, em admirável contemplação?