sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Sociedade e cultura europeias


é o nome de uma disciplina... perdão! Mea culpa!... de uma unidade curricular, claro! Onde tinha eu a cabeça para ejacular semelhante disparate! Quão reaccionário eu estou! E nem sabem o esforço que fiz para não escrever "cadeira"! Mas, dizia eu, que sociedade e cultura europeias é o nome de ... que vou leccionar no segundo semestre.

Em vez de divagar acerca do presente, ou de especular acerca do futuro, temos necessariamente de compreender o passado, escreveu um dia Herman Melville.
Assim, num tempo em que o passado tende a ser esquecido ou propositadamente rasurado, decidi optar por uma reflexão em torno do nosso passado, das nossas origens, daqueles que foram os discursos nossos criadores.
Esta ... tem assim como objectivo proporcionar uma reflexão sobre os grandes discursos - institucionais, políticos, religiosos, artísticos e literários - que deram corpo ao espaço europeu.
Nesse sentido, ela (a tal...) assenta numa estrutura diacrónica e panorâmica, desde a Antiguidade Clássica até ao início da modernidade (século XVII).
Pretende-se, assim, observar de que modo aqueles discursos foram evoluindo e dialogando entre si de forma a estruturar a unidade e as diversidades contemporâneas naquele espaço.
Livros a trabalhar?
Eis dois exemplos: Grécia Revisitada, de Frederico Lourenço, e A Leitura Infinita, de José Tolentino Mendonça.

Espero que, malgré esta costela reaccionária, quem frequentar esta... chegue ao fim do semestre com uma nova capacidade de analisar e compreender a realidade que é a nossa.
Bom fim de semana!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O Terramoto e o General Alcazar

Que este não é a sua graça será verdade. Mas que ele é um decalque da personagem do TinTin, não creio que haja muitas dúvidas. Refiro-me a Chavez, claro!
Com a devida vénia reproduzo texto de Manuel António Pina no Jornal de Notícias:

"Felizmente há sempre algures um ministério para esclarecer o povo.

No caso do terramoto que devastou o Haiti, o esclarecimento vem do sempre atento Ministério do Poder Popular para a Comunicação e a Informação do Governo Bolivariano da Venezuela que, no seu "site" oficial (www.vive.gob. ve/inf_art.php ?id_not=15464&id_s=3), explica tintim por tintim ao Mundo que o sismo foi causado... pelos Estados Unidos.

Os EUA estão a testar uma arma diabólica, o HAARP, que desencadeia terramotos (e furacões, secas e inundações) usando "radiofrequências", "bombas de ondas de choque" e tecnologias misteriosas como "Pulso, Plasma y Sónico Electromagnético Tesla" (em espanhol bolivariano a coisa é ainda mais assustadora).

O objectivo é um plano maquiavélico de destruição do Irão "através de uma série de terramotos que derrubem o regime islâmico".

Já o sismo de Maio de 2008 em Sichuan, na China, foi também um "terramoto experimental" dos EUA. O Ministério de Chavez não o diz expressamente, mas não custa a crer que os EUA também não sejam alheios ao terramoto que na semana passada abalou o balneário do Sporting."

sábado, 23 de janeiro de 2010

Das ruínas no Haiti


a catedral de Port-au-Prince...

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Uma das sátiras mais divertidas sobre o mundo académico


é, quanto a mim, Mensonge, de Malcolm Bradbury. Através de uma leitura paródica do célebre ensaio de Barthes em que este proclama a morte do autor, Bradbury cria a biografia de um semiótico imaginário franco-búlgaro chamado Henri Mensonge.

Se quiserem passar umas boas horas de alegre, divertido e inteligente gozo, leiam-no!

Deixo-vos, em seguida, algumas linhas que o New York Times devotou a este livro:

"Generically tighter and more satisfying is the parody of ''My Strange Quest for Mensonge.'' From the French pun in its title, (mensonge means a lie, as in fib) to its re-creation of Henri Mensonge's classic of deconstruction, ''La Fornication Comme Acte Culturel'' (''Fornication as a Cultural Act''), the style, tone and timbre is so close to Derrida and Foucault as to be a kind of homage to the real achievements of post-structuralist criticism. Mensonge is presented as the ultimate deconstructive philosopher because he has taken this modern critical project to its logical conclusion. If the author has been pronounced dead and if language is a hopelessly self-enclosed system that can never indicate any thing outside itself, a dance about an absent presence, then ''Mensonge has gone further, insisting that he was never even there in the first place, has never been known to anyone, even his closest friends, that he is no one, has achieved nothing, and does not exist. In short he has claimed to be a totally absent absence.'"

Quem disse que a leitura não tem de ser divertida?

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

A propósito da forma como devemos viver o Sábado


escreve Balduíno de Ford (?- c. 1190), abade cistercience:

"...a vida contemplativa deve estar, no entanto, representada já desde esta vida pelo
santo repouso do sábado. A propósito deste repouso, Moisés acrescenta: «Que todos fiquem em suas casas; ninguém deve sair no dia do sábado.» Dito de outro modo: Que todos repousem nas suas casas e não saiam para fazer qualquer trabalho nesse dia. Isto ensina-nos que, na altura da contemplação devemos ficar em casa, não sair por desejos interditos, mas reunir toda a nossa intenção «pela pureza do coração» [como diz São Bento], para pensar somente em Deus e amá-Lo somente a Ele."

A partir deste passo pode-se constatar que nem às Sagradas Escrituras nem àqueles que, ao longo dos tempos sobre elas meditaram, "passou pela cabeça" que um dia teriamos o Facebook, o Twitter e milhões de blogs (como este)para ocupar, de uma forma muito mais útil os nossos Sábados do que através de actividades contemplativas e meditativas.

Aliás, estou certo de que, tivesse o Génesis sido escrito nos tempos que correm, ficaria bem explícito que, ao sétimo dia, Deus, em vez de descansar, teria ficado ligado à web.
Boas contemplações!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Sim, Sr. Ministro!


Pela esperança que nos transmitiu.
A que me refiro?
Comecemos pelo sempre lúcido e inconveniente, João César das Neves que conclui assim a sua crónica de hoje no Diário de Notícias:

"Portugal não acredita no futuro. Esse é o único problema de Portugal. Hoje no mundo globalizado, de fronteiras abertas e concorrência feroz, as oportunidades estão abertas a todos os que as quiserem aproveitar. China, Índia, Leste da Europa e tantos outros lutam com confiança e força e ganham espantosamente. Portugal, ao seu nível, pode seguir o mesmo caminho. Só precisa de querer.
Precisa de trabalhar em vez de se endividar; de empreender em vez de reinvindicar; de poupar e investir em vez de esperar do Governo. O único real obstáculo é o desânimo."

O que tenho eu em mente ao referir-me à esperança necessária para superar o desânimo?

À nomeação de Ana Paula Laborinho para Presidente do Instituto Camões!

Porquê? Porque Ana Paula Laborinho está entre os e as melhores da minha geração.

Dela se poderá dizer ser inteligente (palavra que não uso de ânimo leve), docente brilhante da Faculdade de Letras de Lisboa, mulher empenhada e livre.

Outro esclarecimento para recordar o óbvio: nem todos são livres, pois não são poucos aqueles que, por salamaleques dos seus guardas pretorianos e mordomias várias, se colocam em bicos dos pés, sorrindo subservientes perante quem exerce o poder, para assim poder debicar e colher algumas migalhas desse mesmo poder.
Não são livres, portanto!

Ora, Ana Paula Laborinho é alguém que não tem, nem nunca teve, problemas de coluna vertebral, pois nunca se vergou perante os pequenos poderes que por aí vegetam.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Luis Amado, está de parabéns pela sua escolha. Demonstrou, afinal, uma vez mais, ser merecedor do reconhecimento que lhe é devido para além da sua família política.

Acima de tudo somos nós, portugueses, que estamos de parabéns com esta escolha!

Para além de tudo o que já mencionei, importa referir que esta nomeação constitui uma valente alfinetada na misoginia reinante e não assumida!

Afinal, há razões para termos esperança e, como recorda João César das Neves, para não desanimarmos!

Perante tudo isto, pode-se dizer, sem ironia: "Sim, Sr. Ministro!"

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Um dia, Pessoa entra no eléctrico


e encontra Teixeira de Pascoaes. Segue-se este diálogo: "OH, Pascoaes, o que é que você prefere, os livros de que toda a gente fala e ninguém lê, ou os que toda a gente lê e ninguém fala?" Responde Pascoaes: "Os livros de que toda a gente fala e ninguém lê." Concorda Pessoa: "Eu também."
O Hughes entra nesta última categoria.
Eis, portanto, um poema seu:

"'To Paint a Water Lily'

A green level of lily leaves
Roofs the pond's chamber and paves

The flies' furious arena: study
These, the two minds of this lady.

First observe the air's dragonfly
That eats meat, that bullets by

Or stands in space to take aim;
Others as dangerous comb the hum

Under the trees. There are battle-shouts
And death-cries everywhere hereabouts

But inaudible, so the eyes praise
To see the colours of these flies

Rainbow their arcs, spark, or settle
Cooling like beads of molten metal

Through the spectrum. Think what worse
is the pond-bed's matter of course;

Prehistoric bedragoned times
Crawl that darkness with Latin names,

Have evolved no improvements there,
Jaws for heads, the set stare,

Ignorant of age as of hour—
Now paint the long-necked lily-flower

Which, deep in both worlds, can be still
As a painting, trembling hardly at all

Though the dragonfly alight,
Whatever horror nudge her root."

Boas leituras ... daqueles de que toda a gente fala e ninguém lê, claro!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

"Vemos, ouvimos e lemos/ Não podemos ignorar"


rezava uma canção da minha adolescência. O disco, rapidamente apreendido pela censura, era de um padre, Francisco Fanhais de seu nome. Nas aulas de "Canto Coral", assim se chamava então a educação musical, o nosso professor, Francisco Fernandes, um dos raros nomes que retive do liceu, punha-nos a cantar, afinados, esta e outras canções. Boas memórias de velhos tempos! "Glory days", diria o Boss!
Relembrei-me do Professor Fernandes ao ler a crónica do teólogo Anselmo Borges (DN, Sábado, 9 de Janeiro) a propósito de um outro teólogo, Edward Schillebeck, recentemente desaparecido aos 95 anos de idade.
Com a devida vénia transcrevo este excerto dessa crónica, no qual Anselmo Borges se detém sobre o conceito de "experiências negativas de contraste":

'O conceito de "experiências negativas de contraste" é certamente uma das chaves para o seu (de Edward Schillebeck) pensamento, pois formam uma experiência fundamental. É de facto nessas experiências que o homem aprende a distinção entre bem e mal e a urgência ética. O que vemos e ouvimos do mundo põe-nos em contacto com uma realidade que não está de modo nenhum em ordem - há algo que está radicalmente mal. Por isso, a experiência de sofrimento, de maldade, de injustiça e infelicidade é "fundamento e fonte" de uma indignação e de um "não" fundamental ao mundo tal como se apresenta. Ora, esta incapacidade de se resignar com o mundo tal como está revela uma "abertura" para uma outra situação, que constitui "apelo radical ao nosso sim", sim a um mundo outro, com sentido, justiça, felicidade. Este sim aberto, que é ainda mais forte do que o não, pois é ele que torna possível a resistência e indignação frente ao mal, é, num mundo ambíguo - mistura de bem e de mal, de sentido e sem sentido -, alimentado e solidificado por experiências fragmentárias, mas reais, de sentido e felicidade, convocando à solidariedade de todos para a construção de um mundo melhor, com rosto humano.

Aqueles que acreditam em Deus "preenchem religiosamente esta experiência fundamental", recebendo então o "sim aberto" mais orientação e horizonte, dados no vínculo entre ética e mística. Os cristãos, concretamente, a partir da revelação de Deus no homem Jesus, confessado como o Cristo e Filho de Deus, são transformados pela esperança fundada de que "no núcleo mais íntimo da realidade, está presente um suspiro da compaixão, da misericórdia; os crentes vêem aí o nome de Deus", cuja causa é a causa dos homens, o seu bem-estar e felicidade.

A fé num "Deus dos homens" que quer chamar todos à plenitude da vida implica, por um lado, que é preciso acreditar no homem, pois não há salvação que não passe pela libertação, também sócio-política, mas, por outro, não se pode cair numa fé iluminista ingénua no progresso nem num messianismo político, pois "nenhum progresso sócio-político reconciliará alguma vez com a injustiça que coube aos mortos".'

Após reler este passo, dei por mim a pensar que, afinal, há por aí muito cristão e cristã que não acredita em Cristo!

Boa semana!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Outro poema de Cidades de Refúgio


"'Num canal menor'

the gift of life is a shot in the dark.
Laurie Anderson


Uma gelosia
entreaberta, um
fulgor na manhã.
Apenas um breve

rumor sob o branco:
no lugar da fonte
nova, senti o
olhar do poeta,

gato,príncipe, em
seu trono. Não são
esses os caminhos
de Sião."

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Cidades de Refúgio


é o título do meu primeiro livro de poemas. Publicado em 1991, reunia textos escritos alguns anos antes, tendo como título evocações várias da obra de Herman Melville, nomeadamente da sua poesia. Entre estas encontra-se "Herba Santa". Nada de confusões! Melville referia-se ao tabaco.
O meu poema evoca um período particularmente intenso, vivido algures em meados de 1985.
Suzanne Vega, que eu descobri no River Fest, em St. Paul, Minnesotta, faz parte dessa intensidade. Sobre este episódio relacionado com a sua descoberta escrevi um artigo para o Diário de Lisboa, que reescrevi para inserir no meu primeiro livro de ensaios, América - Pátria de Heróis.

Para quem goste de diálogos intertextuais, posso dizer que neste poema há referências (uma paráfrase e uma citação) a uma canção dos Dexy Midnight Runners e a um texto de Oscar Wilde.

Ei-lo:

"'Herba Santa'

Associo melodias às estações,
a instantes mais ou
menos vagas na memória. O
Verão de oitenta e cinco, por exemplo.

Regressara nesse tempo da pátria
dos heróis. Os dias fluiam entre
a viagem de um amor vindo
de longe e um almoço fora de horas
num qualquer snack em Lisboa, cracking.

Com liberdade, livros, flores e
a lua, quem não pode ser feliz?

Sim, havia ainda os livros e
a música, o frágil encanto de
Suzanne Vega."

Boa tarde!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Versos de Frnando Echevarría, lembrando


a Alegoria da Prudência, de Ticciano, em tempos em que a velhice e as suas virtudes são denegadas:

"Começa na velhice a erguer-se um halo
de acolhimento. Promete,
não só indulgência, mas também um sábio
silêncio, de onde se difunde e deve
a auscultação desenvolver o pálio
de outro silêncio mais profundo. Que ergue
a escuta a um ponto, cada vez mais alto,
que, com maior intensidade, tende.
Terá esse exercício força de hausto?
Ou será padecê-lo que protege?
O certo é que a velhice encontra os anos.
E os anos sabem a fecunda messe
de estudos que, mesmo inacabados,
a outros estudantes se oferecem."

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Laocoön


Laocoön, do escritor setecentista alemão Gotthold Ephraïm Lessing (1729-81), é um ensaio fundamental para a evolução que o diálogo entre a Literatura e as Artes visuais irá conhecer na modernidade inaugurada pelo Romantismo. O seu carácter incontornável deve-se, desde logo, ao facto de contrariar toda uma tradição da ekphrasis através da desmontagem de um equívoco, aquele que resulta da acima referida leitura descontextualizada do enunciado horaciano, “ut pictura poesis”.

Hoje deixo-vos apenas este apontamento em torno do contexto.

O discurso de Lessing deve ser entendido no confronto com Johann Joachim Winckelmann (1717-1768), autor de Geschichte der Kunst des Altertums (História da Arte da Antiguidade), uma obra datada de 1764. No prefácio desta obra Winckelmann declara o seguinte: “A História da Arte … que ofereço ao público não é uma simples narração cronológica das revoluções vividas pelos antigos. Utilizo a palavra na acepção mais lata que ela tem na língua grega, sendo objectivo meu oferecer um resumo histórico de um sistema de arte.” (Lichtenstein, 1997: 226, tradução minha)
Com efeito, a sua História preenche um certo vazio a este nível; refira-se que Plínio era, ainda, a fonte primeira do conhecimento da arte clássica. Tal não significa, porém, que esse conhecimento se restringisse às fontes tradicionais. Descobertas arqueológicas, como a da estátua conhecida como Laocoonte, cuja memória e conhecimento se deviam exclusivamente ao texto, tinham passado a constituir um novo elemento de estudo do passado.
A par da redescoberta de todo um universo artístico, cultural e social, proporcionada pelo contacto directo com artefactos vindos à luz do dia, surgia uma entidade com um estatuto particular, o “antiquário”.
A esta profissão, estritamente ligada a esse mundo emergente, está associado um conceito específico, o de especialização.
Por fim, importa ter presente que a História da Arte que, durante o Renascimento, e salvo excepções como Dürer, se centrara fundamentalmente em Itália, adquirira entretanto uma dimensão europeia e cosmopolita. É, também, neste contexto que surge o “antiquário”, entidade possuidora de uma erudição específica, centrada em objectos ou sistemas particulares.

Vivendo numa época de reformulação de conhecimentos e de aparecimento de novas disciplinas, a obra de Winckelmann revela uma intenção especulativa e sistemática que deverá, naturalmente, ser entendida no âmbito da informação então disponível. A sua perspectiva é diacrónica, dando ênfase a um processo de afirmação, apogeu e decadência, ao qual, por seu turno, se associa uma narrativa, a da afirmação de um ideal civilizacional representado pela Grécia antiga.
O ideal estético que lhe subjaz é, obviamente, neoclássico, sustentando uma evidente estrutura piramidal, uma hierarquia de valores e funções; desta hierarquia participam, com funções determinadas e limites decorrentes dos meios a elas inerentes, as diferentes formas de expressão artística.
Ainda no âmbito de uma concepção profundamente hierarquizada, Winckelmann defende o primado da escultura sobre a pintura, ao qual atribui razões históricas e estéticas: a perfeição da escultura precede a da pintura; além disso, ainda de acordo com esta perspectiva, devedora, recorde-se, do neoplatonismo, a escultura encarnará o belo ideal.

Um óptimo 2010


na companhia da mais famosa família americana!