quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Os Yes, Clara Rowland e Guilherme d'Oliveira Martins
O que têm todos eles em comum?
Nada, à partida!
Et pourtant...
Quando, aos dezassete anos, esguio como os cavalheiros em anexo (C. Squire, Jon Anderson e Steve Howe), e com cabelos de idêntica extensão [embora os meus fossem mais volumosos!], comprei e ouvi Tales from Topographic Oceans, dos Yes, despertei para os misticismos orientais e li tudo o que descobri na biblioteca paterna sobre o assunto.
Já nessa altura estas coisas do transcendente eram estruturantes para mim, embora os caminhos fossem perfeitamente acidentais.
Mas foi assim, graças a este álbum, que descobri muitos textos e autores [que redescobri George Harrison], e que, chegado à Faculdade, de imediato compreendi a geração beat, por exemplo.
Ora, ainda há umas semanas, numa óptima conferência feita no âmbito do ciclo sobre o ensino das Humanidades, promovido pelo Clube Unesco e pelo Centro Nacional de Cultura, Clara Rowland [jovem e brilhante professora da Faculdade de Letras de Lisboa], contra um certo discurso céptico, quiçá dominante, abordou a imensa riqueza que os jovens trazem consigo hoje para as universidades, embora, nem sempre (eufemismo!), os professores se apercebam disso.
Como ela muito bem referiu, basta saber pegar nesses saberes "desestruturados" para lhes abrir novos horizontes.
Ou seja, para que eles, como eu há 35 anos, descubram algo de mais fascinante; algo que lhes desvende novos percursos, novos olhares, novas percepções do real, de si próprios.
Enfim, esse ciclo (que eu iniciei há uns meses com uma palestra intitulada "o escritor no atelier do artista") chega hoje ao fim, com duas conferências: uma de Luis Filipe Barreto e outra de Guilherme d'Oliveira Martins.
Fica assim esclarecido o mistério do que têm em comum os Yes, a Clara Rowland e o Guilherme d'Oliveira Martins.
É no CNC, no Chiado, às 18.30h.
Até mais logo!
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