quarta-feira, 16 de novembro de 2011
"O conflito de convicções"
era o título do segundo poema de Cidades de Refúgio. Uma nota apenas, todos os títulos dos poemas deste livro foram colhidos em instantes da obra de um velho amigo, Herman Melville.
Eis o poema, substancialmente mais pequeno do que o anterior:
"Talvez não sinta o derradeiro Juízo;
talvez tenha perdido o sentido dos mitos;
e deus se revele apenas no luar,
como um dia alguém nos lembrou."
Um dia, já há muito, em finais dos anos 80, ainda antes de este poema ter sido escrito, eu e a Ana Paula cruzámo-nos num café com uma amiga que morreu recentemente, a Guida Horta. Quando lhe dissemos que o nosso filho, nascido em 87, se chamava Raúl, ela exclamou: "Raúl? Luar!" Uma narrativa tão longa para tão poucos versos...
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