Um lugar de encontro sobre a literatura e as artes no(s) espaço(s) anglo-americano(s), com alguns envios para outras cumplicidades.
"... eu só falo crítica." (Fernando Pessoa)
sexta-feira, 12 de março de 2010
uma pausa para
"lavar os olhos do excesso de imagens em que nos afoga o mundo..." Bom dia!
Se por um instante pudessemos olhar ao nosso redor e apenas ver o puro e natural, sem nenhuma intervenção... E quanto aos sons, apenas os do ambiente e não todo o excessor produzido pelo ser humano.
Mas as imagens também são ruído. E para ver apenas o puro e o natural, sem nenhuma intervenção, teríamos que regressar à era em que a espécie andava aí entretida a fugir dos predadores, preocupada unicamente com a sobrevivência; e assim os computadores não existiriam, porque não são nada naturais - todos eles intervenção - e assim não nos seria possível estarmos aqui, a iluminarmo-nos mutuamente, com esta partilha de pensamentos e conhecimentos. Para além do mais, morreríamos antes dos 30, com uma pneumonia ou algo do género, doenças que num «mundo puro» não seriam tratáveis. No fundo, talvez fosse uma maçada.
embora o Fernando Guerreiro diga que estou, cada vez mais, parecido com ele (com o Melville, aqui ao lado, esclareça-se)., Portugal
Sou Professor Catedrático na área de Estudos Ingleses e Americanos, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde tudo começou com a licenciatura em Línguas e Literaturas Modernas(1981). Depois, fui Mestre (1986) e Doutor (1993)por esta mesma Universidade. Sou autor de vários livros de ensaios [("América - Pátria de Heróis" [Colibri],"Sylvia Plath - O rosto oculto do poeta [Cosmos],"História(s) da Literatura Americana"[Univ. Aberta], "Ekphrasis" e "O Nascimento de uma Nação" [Cosmos]), O essencial sobre William Shakespeare (INCM), O essencial sobre Walt Whitman (INCM) e Poesia e artes visuais - confessionalismo e écfrase (INCM)], de traduções (Plath, Lowell, Carroll, Virginia Woolf, Mary Renault, Melville, Hopkins, et al), de dois romances ["Pentâmetros Jâmbicos" e "Inveja - uma novela académica" (ambos publicados por Assírio & Alvim)], e tenho a minha poesia reunida na Imprensa Nacional, sob o título "Coreografando melodias no rumor das imagens".
Para esses efeitos, prefiro uma assim:
ResponderEliminarhttp://www.coolantarctica.com/gallery/scenic/mountains/Antarctica_sea_ice_Coronation_island2.jpg
Esqueci-me de dizer que o problema não é apenas o excesso de imagens, mas todo o ruído.
ResponderEliminarSe por um instante pudessemos olhar ao nosso redor e apenas ver o puro e natural, sem nenhuma intervenção... E quanto aos sons, apenas os do ambiente e não todo o excessor produzido pelo ser humano.
ResponderEliminarMas as imagens também são ruído. E para ver apenas o puro e o natural, sem nenhuma intervenção, teríamos que regressar à era em que a espécie andava aí entretida a fugir dos predadores, preocupada unicamente com a sobrevivência; e assim os computadores não existiriam, porque não são nada naturais - todos eles intervenção - e assim não nos seria possível estarmos aqui, a iluminarmo-nos mutuamente, com esta partilha de pensamentos e conhecimentos. Para além do mais, morreríamos antes dos 30, com uma pneumonia ou algo do género, doenças que num «mundo puro» não seriam tratáveis. No fundo, talvez fosse uma maçada.
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