domingo, 7 de novembro de 2010

É tão fácil detectar os defeitos alheios




e, todavia, tão difícil detectá-los em nós próprios. E depois, quando os detectamos, superá-los.
Com este tipo de discurso até parece que estou com paleio tipo new age, segredo, confissões de facebook, etc.
Ora, estes devaneios surgiram-me ao ler um texto do mesmo autor que ontem aqui inseri, o Padre Dennis Clark.
Uma vez mais o cito.
Quem quiser ler o texto na íntegra pode recorrer ao site da Pastoral da Cultura.

'Aquele que está para além de todos os nomes conhece o teu nome

Há uma lenda do Oriente sobre um viajante que se dirigia para uma grande cidade. Uma noite conheceu dois outros caminhantes. Um chamava-se Medo e outro Calamidade. Calamidade explicou ao viajante que, quando chegassem ao destino, esperava-se que matassem 10 mil pessoas. O viajante perguntou a Calamidade se iria encarregar-se sozinho de toda a matança.

“Não, de todo”, respondeu Calamidade. “Eu só vou matar umas centenas. O meu amigo Medo acabará com os restantes.”

***

Quanto da nossa vida é morta ou roubada pelo medo? Não aqueles medos de coisas como um holocausto nuclear, mas medos pequenos e insignificantes que lentamente devoram as melhores partes da vida: Será que o novo professor me vai detestar? De certeza que eles vão gozar com o meu discurso? Vou reprovar no exame!

Mas o medo não é o único ladrão que se esconde dentro de nós. Há um exército inteiro de pequenos parasitas que nos podem enganar: ressentimentos causados por desfeitas ocorridas há muito tempo; zangas originadas por disputas fúteis; competição cruel por coisas secundárias; cortes de relações motivadas por teimosias acerca de questões irrisórias; decepções que debilitam toda a existência.

Como é que podemos escapar das garras deste ardiloso bando de gatunos?'

A fotografia acima é colhida em Positives, um livro do poeta Thom Gunn, com fotos do irmão Ander Gunn.

Um resto bom fim de semana!

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