quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Medina Carreira dixit



Sobre o "Programa" (desculpem, mas quando escrevo esta palavra tenho imediatamente um ataque de riso!) Novas Oportunidades:
"O ... Novas Oportunidades é uma trafulhice de A a Z, é uma aldrabice. Eles [os alunos] não sabem nada, nada."
"[Os alunos] fazem um papel, entregam ao professor e vão-se embora. E ao fim do ano, entregam-lhe um papel a dizer que têm o nono ano [de escolaridade]. Isto é tudo uma mentira, enquanto formos governados por mentirosos e incompetentes este país não tem solução."

Ainda há quem se indigne e tenha coragem para afirmar a sua indignação.

Cá por mim acho que Brueghel também se aplica a este caso:

o cego conduzindo o cego...

E Austeriana comentou:

"O mais «curioso» (entenda-se o adjectivo como um eufemismo...)é a verborreia utilizada nestes cursos. Os professores passaram a ser designados como «formadores»; os directores de turma são agora «mediadores»; os alunos são «formandos»; e os conteúdos a «leccionar» (o verbo é outro eufemismo...)são determinados pelo "tema de vida" sugerido pelos tais alunos que não são alunos mas formandos. Acresce que, por exemplo, se um professor quiser, verdadeiramente, conseguir que os alunos/formandos aprendam, por exemplo, inglês, não pode. O importante é que os tais alunos-formandos tragam a experiência de vida para as sessões (e não aulas!) porque os docentes de inglês têm de incutir nos "actores" a noção da «língua inglesa implícita».
Como se ensina «inglês implícito»? Não faço a mínima ideia mas também isso não é importante: passam todos!
MC é curto e grosso mas, ao estado a que isto chegou, lava-nos a alma ouvir alguém falar assim!"

1 comentário:

  1. O mais «curioso» (entenda-se o adjectivo como um eufemismo...)é a verborreia utilizada nestes cursos. Os professores passaram a ser designados como «formadores»; os directores de turma são agora «mediadores»; os alunos são «formandos»; e os conteúdos a «leccionar» (o verbo é outro eufemismo...)são determinados pelo "tema de vida" sugerido pelos tais alunos que não são alunos mas formandos. Acresce que, por exemplo, se um professor quiser, verdadeiramente, conseguir que os alunos/formandos aprendam, por exemplo, inglês, não pode. O importante é que os tais alunos-formandos tragam a experiência de vida para as sessões (e não aulas!) porque os docentes de inglês têm de incutir nos "actores" a noção da «língua inglesa implícita».
    Como se ensina «inglês implícito»? Não faço a mínima ideia mas também isso não é importante: passam todos!
    MC é curto e grosso mas, ao estado a que isto chegou, lava-nos a alma ouvir alguém falar assim!

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