quinta-feira, 11 de julho de 2013

"Continuamente vemos novidades..."

E esta colhi-a no site da Pastoral da Cultura. Tem ela a ver com um novo percurso no pensamento teológico contemporâneo que, segundo creio, ecoa, entre nós, na obra de José Frazão Correia. Se não for, o José que me perdoe. Aqui fica o passo inicial do texto que podem ler na íntegra naquele site: "Há uma nova teologia que floresce no interior da cultura contemporânea dita pós-moderna. Dá-la a conhecer é um acto cultural. O que é a cultura senão a interacção de saberes, de circularidade de correntes e perspectivas, que de algum modo produzem pequenos mundos de vida, de imaginação, de uma nova realidade pensada e vivida? Uma entre muitas, é a perspectiva fecunda e inteligente do teólogo milanês Pierangelo Sequeri. Personagem singular que se move em diversas áreas desde a teologia, a estética, a psicanálise à composição musical, sobretudo para crianças com paralisia cerebral. Até aqui se abre um possível trabalho fecundo entre a neurociência damasiana e a teologia/ontologia da afeição sequeriana.
Sequeri é o teólogo da “ordem dos afectos” que reflecte a inteligência da fé a partir da experiência pática/prática e não apenas académica. A palavra “ordem” indica já de si uma não-arbitrariedade dos afectos mas de uma disposição criteriosa da zona mais interior do humano (disposição proafectiva da consciência crente segundo uma justiça dos afectos). Este modo de revelação cuja «fenomenalidade específica é a carne de um pathos, uma matéria afectiva pura, da qual se encontram radicalmente excluídas toda a cissão e separação […]. É esta substância fenomenológica pática (pathétique) a definir e conter toda a “realidade concebível”» (M. Henry). A via da interioridade imanente na sua manifestação afectiva evoca a possibilidade crente, a fé originária, concentrada no universal concreto pessoal Jesus de Nazaré. Sequeri faz entrar a ordem dos afectos na consciência originária (crente-estética) tão presente na grande tradição patrística e escolástica eclesial (circularidade entre o intellectus e o affectus fidei)." Boas descobertas!

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