sexta-feira, 14 de maio de 2010

Assim se vê a força e as consequências do êduquês!


Podereis dizer que é paranóia minha, mas depois de décadas a desvalorizar aquela que, para mim, é uma das mais belas profissões (uma missão, acrescento!), a elevar aos píncaros do nonsense a dimensão lúdica do ensino, a dizer que somos mediadores e negociadores (faz lembrar uma hostage situation) e não mestres e mestras, só nos faltava que aqueles que enriquecem à nossa custa, nos dissessem explicitamente aquilo que de nós pensam.
Esta (pretensa) anedota surgiu num livro infantil.
Verdade se diga que, citando uma personagem de Quatro casamentos e um funeral: "There are traitors among us!"
Para que os mestres e as mestras o sejam, têm necessariamente de ser exemplos, representações que as crianças sintam a vontade de emular.
Devem ser exemplos de ética, de trabalho, de honestidade, de entrega, de dedicação e também de... (lá vão chamar-me reaccionário!) decoro.
Se, por exemplo, as mestras seguem o exemplo da menina que pousa para a revista erótica, então algo está podre no reino da Dinamarca!
E então, sim, parece que se está a dar razão à tal (pretensa) anedota!

1 comentário:

  1. Este é mais um reflexo da política educativa socrática vulgarmente conhecida como «AEC», e que visa "promover a escola a tempo inteiro".

    As AECs (Actividades de Enriquecimento Curricular) são a criação bizarra para manter os miúdos na escola quando as aulas acabaram - ou seja, até à hora em que os desgraçados dos pais as podem ir buscar. Os professores destas "coisas" (como esta moça)são muitíssimo mal pagos (na maior parte das vezes, a recibo verde); são tratados abaixo de cão; e têm que aturar tudo e mais alguma coisa, porque não podem pôr os miúdos na rua, quando eles se portam mal.
    Depois, um dos resultados é este.

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