segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Livros recentemente (re)lidos, filmes recentemente (re)vistos

Quem já estudou atentamente a filmografia de Clint Eastwood - como eu tenho feito por prazer desde Há trinta anos - sabe estar perante a obra de um Mestre que não tem medo de enfrentar os tópicos mais proibidos das sociedades contemporâneas ocidentais - da pedofilia à eutanásia e ao impulso suicida - passando pela descoberta das alteridades (Flags of Our Fathers e Letters from Iwo Jima), e pela revisão do género cinematográfico americano por excelência (Pale Rider, releitura simbólica de Shane; e Unforgiven, quando a alteridade nos habita). Agora, com American Sniper, o Mestre aborda um tema e uma personagem particularmente polémicos. Mas, vejam atentamente e não se deixem levar por aquilo que críticos idiotas dizem, pensem naquilo que Henry James nos ensinou sobre o ponto de vista, e depois deixem-se enlevar pela narrativa.Constatarão que o olhar sobre a guerra é dilacerado; é tudo menos eufórico.

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