segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
Livros recentemente (re)lidos, filmes recentemente (re)vistos
A santidade, um conceito remoto? Eis o argumento que, a partir de O retrato de Mónica, de Sophia de Mello Breyner, nos oferece Tolentino: "... fizemos da santidade uma coisa tão extraordinária, abstracta e inalcançável, que quase não ousamos falar dela. De certa forma, habituámos-nos a olhar para a experiência cristã como que acontecendo a duas velocidades: o caminho heróico dos santos e a frágil estrada que é a de todos os outros, e por maior razão a nossa. Ora esta concepção de santidade não pode estar mais longe daquilo que a tradição cristã propõe. O concílio Vaticano II, por exemplo, deixa bem claro: a santidade é a vocação mais inclusiva e comum (LG 5). Mas é preciso entender de que falamos, quando falamos de santidade.
Bastar-nos-ia certamente ler as bem-aventuranças. Jesus não declara que os bem-aventurados são os outros, os que não estão ali. Jesus olha para a multidão e começa por dizer:'bem-aventurados vós os pobres', 'bem-aventurados vós os aflitos' ... Que quer isto dizer? Que são, no fundo, as nossas pobretas, fragilidades, aflições, mansidões, procuras e sedes que dão a substância da bem-aventurança, a matéria da santidade."
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