Deixo-vos hoje três sugestões.
Duas, sem sair de casa:
. o passeio por este site http://arodaemroda.blogspot.com/
A autora é Diana Almeida e a singeleza que coloca em tudo o que faz, é merecedora da nossa atenção.
. o passeio por http://twitter.com/assirio
As novidades são várias e sempre estimulantes.
Por fim, para quem estiver em Lisboa ou nas vizinhanças: um passeio até à Faculdade de Letras, por volta das 18h. No Instituto de Cultura Americana, Maria Teresa Ferreira de Almeida Alves inicia um ciclo de palestras em torno de Joseph Cornell.
Americanists of the world unite and take over!
Bons passeios!
P.S. Para que não haja equívocos: a expressão em inglês é uma paráfrase de uns versos do Morrisey, e não um apelo político qualquer.
quinta-feira, 30 de abril de 2009
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Hoje prosseguimos com Walter de la Mare. O título do poema é "Brueghel's Winter".
Ei-lo:
"Jagg'd mountain peaks and skies ice-green
Wall in the wild, cold scene below.
Churches, farms, bare copse, the sea
In freezing quiet of winter show;
Where ink-black shapes on fields in flood
Curling, skating, and sliding go.
To left, a gabled tavern; a blaze;
Peasants; a watching child; and lo,
Muffled, mute--beneath naked trees
In sharp perspective set a-row-
-Trudge huntsmen, sinister spears aslant,
Dogs snuffling behind them in the snow;
And arrowlike, lean, athwart the air
Swoops into space a crow.
But flame, nor ice, nor piercing rock,
But flame, nor ice, nor piercing rock,
Nor silence, as of a frozen sea,
Nor that slant inward infinite line
Of signboard, bird, and hill, and tree,
Give more than subtle hint of him
Who squandered here life's mystery."
Boas leituras!
terça-feira, 28 de abril de 2009
John Berryman e Brueghel
Outra geração, outro olhar sobre o mesmo quadro. Desta feita, John Berryman:
"The three men coming down the winter hill
In brown, with tall poles and a pack of hounds
At heel, through the arrangement of the trees,
Past the five figures at the burning straw,
Returning cold and silent to their town,
Returning to the drifted snow, the rink
Lively with children, to the older men,
The long companions they can never reach,
The blue light, men with ladders, by the church
The sledge and shadow in the twilit street,
Are not aware that in the sandy time
To come, the evil waste of history
Outstretched, they will be seen upon the brow
Of that same hill: when all their company
Will have been irrecoverably lost,
These men, this particular three in brown
Witnessed by birds will keep the scene and say
By their configuration with the trees,
The small bridge, the red houses and the fire,
What place, what time, what morning occasion
Sent them into the wood, a pack ofhounds
At heel and the tall poles upon their shoulders,
Thence to return as now we see them and
Ankle-deep in snow down the winter hill
Descend, while three birds watch and the fourth flies."
Boas leituras!
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Ironias
David Byrne sempre primou pela ironia, por uma forma algo indirecta de evocar o mundo que o rodeia, o seu mundo; e de o olhar criticamente. Por exemplo, quando a SIDA determinava mudanças de comportamentos afectivos et al, ele abordava assim um encontro amoroso: "I met my love at a funeral./ I'm tired of goodbyes and burials."
Muito mais explícito, Lou Reed escrevera "The Halloween Parade."
Boas músicas!
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Brueghel
Este é o quadro de Brueghel que mais escritores tomaram como impulso para a escrita. Talvez seja mesmo o quadro que mais tenha sido revisitado pela escrita.
Eis o olhar de William Carlos Williams:
"The over-all picture is winter
icy mountains
in the background the return
from the hunt it is toward evening
from the left
sturdy hunters lead in
their pack the inn-sign
hanging from a
broken hinge is a stag a crucifix
between his antlers the cold
inn yard is
deserted but for a huge bonfire
that flares wind-driven tended by
women who cluster
about it to the right beyond
the hill is a pattern of skaters
Brueghel the painter
concerned with it all has chosen
a winter-struck bush for his
foreground to
complete the picture .."
Boas leituras!
Eis o olhar de William Carlos Williams:
"The over-all picture is winter
icy mountains
in the background the return
from the hunt it is toward evening
from the left
sturdy hunters lead in
their pack the inn-sign
hanging from a
broken hinge is a stag a crucifix
between his antlers the cold
inn yard is
deserted but for a huge bonfire
that flares wind-driven tended by
women who cluster
about it to the right beyond
the hill is a pattern of skaters
Brueghel the painter
concerned with it all has chosen
a winter-struck bush for his
foreground to
complete the picture .."
Boas leituras!
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Outras formas de representação visual
Bem sei que este espaço é dedicado, essencialmente, aos/às iluminados/as nas virtudes anglo-saxónicas, mas que diálogo não se justificaria mais, neste âmbito, do que aquele que se opera interartes e que, acima de tudo, tem os textos sagrados como pano de fundo?
Por isso, a propósito de um outro diálogo [com uma aluna minha de Estudos Europeus], deixo esta leitura de um episódio de Lucas, feita por José Tolentino Mendonça.
Atente-se na ênfase na linguagem plástica dos textos sagrados, na dimensão performativa [coreografia humilde] e no exercício da razão evidenciado em sente [lembre-se António Damásio]:
"É difícil permanecer indiferente ao trânsito desta personagem [uma pecadora] que nos é descrito [Lucas 37-39] num impressionante regime de showing. A mulher entra e sai em silêncio, mas o leitor sente que a sua passagem se revestiu de uma eloquência ímpar. Em vez de palavras ela utilizou uma linguagem plástica, talvez mais contundente que a verbal. Representou, como actriz solitária, no palco da casa do fariseu, o seu monólogo ferido: com o seu pranto prolongado, os cabelos a arrastar-se pelo chão do hóspede, numa coreografia humilde e lancinante, os beijos e o perfume que mais ninguém ali teve a preocupação de ofertar a Jesus." (p. 93)
A obra de José Tolentino Mendonça que citei, intitula-se A construção de Jesus (Lisboa: Assírio & Alvim, 2004).
Boas leituras!
Por isso, a propósito de um outro diálogo [com uma aluna minha de Estudos Europeus], deixo esta leitura de um episódio de Lucas, feita por José Tolentino Mendonça.
Atente-se na ênfase na linguagem plástica dos textos sagrados, na dimensão performativa [coreografia humilde] e no exercício da razão evidenciado em sente [lembre-se António Damásio]:
"É difícil permanecer indiferente ao trânsito desta personagem [uma pecadora] que nos é descrito [Lucas 37-39] num impressionante regime de showing. A mulher entra e sai em silêncio, mas o leitor sente que a sua passagem se revestiu de uma eloquência ímpar. Em vez de palavras ela utilizou uma linguagem plástica, talvez mais contundente que a verbal. Representou, como actriz solitária, no palco da casa do fariseu, o seu monólogo ferido: com o seu pranto prolongado, os cabelos a arrastar-se pelo chão do hóspede, numa coreografia humilde e lancinante, os beijos e o perfume que mais ninguém ali teve a preocupação de ofertar a Jesus." (p. 93)
A obra de José Tolentino Mendonça que citei, intitula-se A construção de Jesus (Lisboa: Assírio & Alvim, 2004).
Boas leituras!
terça-feira, 21 de abril de 2009
Diálogos inter-artes
segunda-feira, 20 de abril de 2009
"Leaving New York
[is] never easy" (R.E.M.), especialmente quando a hospitalidade académica, intelectual, humana é tão intensa. Àqueles/as com quem (uma vez mais) tive o privilégio de privar nestes dias, quero deixar a minha profunda gratidão. Mesmo correndo o risco de me esquecer de alguém, deixo os meus agradecimentos:
- ao Reitor da Kean University, pelo reiterar o interesse desenvolvido no âmbito do Minor em Estudos Portugueses; ao Vice-Reitor Mark Lender, pelas gentis palavras de acolhimento; à Directora do Departamento de Inglês, Linda Best, pela possibilidade de com ela partilhar a estimulante discussão da sua aula; à decana do Departamento de Inglês, Carole Shafer-Koros, eterna cúmplice; ao Luís Pires e aos estudantes do Minor pela sua presença e estímulo;
- ao Padre José Manuel, a Monsenhor João Antão, ao Dr José Manuel Coelho, ao Dr Pedro Belo, ao Cônsul-Geral de Portugal em Newark, Dr. Francisco Azevedo, ao Veredador de Newark Augusto Amador, ao Congressista Alberto Coutinho, pelo apoio prestado;
- aos jornalistas da RTP internacional, da SIC internacional e do Jornal Luso-Americano, pela cobertura da minha presença;
- à Proverbo (Glória de Melo, João Martins, Fernando Silva...);
- ao João Camacho: You're the Man!
Para sempre grato!
Bem hajam!
- ao Reitor da Kean University, pelo reiterar o interesse desenvolvido no âmbito do Minor em Estudos Portugueses; ao Vice-Reitor Mark Lender, pelas gentis palavras de acolhimento; à Directora do Departamento de Inglês, Linda Best, pela possibilidade de com ela partilhar a estimulante discussão da sua aula; à decana do Departamento de Inglês, Carole Shafer-Koros, eterna cúmplice; ao Luís Pires e aos estudantes do Minor pela sua presença e estímulo;
- ao Padre José Manuel, a Monsenhor João Antão, ao Dr José Manuel Coelho, ao Dr Pedro Belo, ao Cônsul-Geral de Portugal em Newark, Dr. Francisco Azevedo, ao Veredador de Newark Augusto Amador, ao Congressista Alberto Coutinho, pelo apoio prestado;
- aos jornalistas da RTP internacional, da SIC internacional e do Jornal Luso-Americano, pela cobertura da minha presença;
- à Proverbo (Glória de Melo, João Martins, Fernando Silva...);
- ao João Camacho: You're the Man!
Para sempre grato!
Bem hajam!
domingo, 12 de abril de 2009
sábado, 11 de abril de 2009
Olhares utópicos modernos
Em My Egypt, Charles Demuth revela uma sensibilidade moderna face à utopia. Na sequência de Whitman e de Emerson, claro!
Boa Páscoa!
Boa Páscoa!
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Aristocrata Natural
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Já ninguém fala francês (?)
«Vous savez, d'abord vient l'idée. On a une image en tête. Elle engendre une atmosphère; beaucoup de choses qui demeurent cachée surgissent alors. Quand on part on repérages, on s'accroche toujours à cette idée originale du film et on découvre d'autres. C'est ce qu'on appelle des 'heureux accidents'.»
David Lynch em entrevista aos Cahiers du Cinéma (nº 433, p. 31)
quarta-feira, 8 de abril de 2009
E a resposta de Ana Mafalda Sernadas
Obrigada!
Encontrei um poema de Margaret Atwood que identifiquei comigo e esta minha demanda sobre a guerra, o poema é "The Loneliness of the Military Historian" do qual eu cito este excerto:
"(...)In general I might agree with you:Women should not contemplate war,should not weigh tactics impartially,or evade the word enemy,or view both sides and denounce nothing."
Um Bom dia e uma Santa Páscoa
Encontrei um poema de Margaret Atwood que identifiquei comigo e esta minha demanda sobre a guerra, o poema é "The Loneliness of the Military Historian" do qual eu cito este excerto:
"(...)In general I might agree with you:Women should not contemplate war,should not weigh tactics impartially,or evade the word enemy,or view both sides and denounce nothing."
Um Bom dia e uma Santa Páscoa
Poemas de Herman Melville
De facto, Ana Mafalda, esqueci-me da referência ao livro com os poemas do Herman Melville. A edição é bilingue, feita por mim, e com notas, igualmente minhas, aos poemas. A editora é a Assírio & Alvim.
Aqui vos deixo mais um poema:
"'A queda de Richmond'
As notícias recebidas nas metrópoles do Norte
(Abril de 1865)
O que significa o repicar dos sinos nas torres
E multidões como mares ondulantes?
O canhão responde; revelam o coração
Do Povo apaixonado, e falam de
Uma cidade em flâmulas por uma cidade em chamas,
Richmond lembra Babilónia –
Cantai e orai.
Oh, desgastantes anos e temíveis guerras,
E exércitos no túmulo;
Mas os corações indomáveis por fim detém
Lúcifer imponente com seu elmo –
Honra ao corajoso Grant,
Cujas três estrelas como Oríon se erguem
Quando despojos do naufrágio oscilam nas ondas.
Abençoado seja seu gláudio.
Por bem persistimos na nossa fé
E nunca nosso objectivo vacilou
Perante Terrores atacando em cada retrocesso
Quando débeis lutávamos no Deserto,
E o Inferno jubilava com seus urros;
Mas Deus está no Céu, e Grant na Cidade,
E a Justeza pela força conquistada torna-se Lei –
Louvemos os caminhos do Senhor."
Eis a nota respectiva:
“A queda de Richmond” – Richmond, a capital confederada, caiu em Abril de 1865. Melville teve conhecimento da conquista através da imprensa. Um jornalista do New York World escreveu, então, o seguinte: “Há um silêncio, no seio do qual, Richmond, com suas ruínas, tetos espectrais ... permanece também ela espectral, uma visão impressionante... Estamos à sombra de ruínas. Dos pavimentos que percorremos ... só se avista devastação. Os destroços, a solidão parecem intermináveis... Não há som algum de vida…”
Optei por traduzir “wilderness” por “deserto” devido ao facto de esta ser também uma designação bíblica, na chamada versão autorizada da Bíblia do Rei Jaime, e de Melville proceder a diversas evocações e/ou analogias religiosas.
Bom dia!
terça-feira, 7 de abril de 2009
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Figuras de Retórica
Uma amiga, professora do ensino secundária, gostaria de utilizar um capítulo dos meus Pentâmetros Jâmbicos para explicar as figuras de retórica aos seus alunos. Hélas, este capítulo é demasiado atrevido. Aqui fica, porém, um pedacito:
-«..., os gémeos do 5ºC são assim uma espécie de pleonasmo», o Pinto parou por breves segundos, para logo sorrir e disparar:
-«Ora, voltando à minha aplicação erótica das figuras de estilo. O quiasmo é assim uma espécie de 69, só que com frases, percebes? Ou por exemplo, quando a s’tôra de Ciências se põe a falar que nem uma metralhadora e nunca mais se cala e a malta não pe’cebe boi, é uma logorreia. Cuidado, pá, não t’assustes que parece uma doença venérea mas não é. Olha, o director de ciclo é uma perífrase,» o Carlos olhava-o sem saber o que dizer.
-«Sabes porquê?» Inquiriu. «Elementar, caro Watson, elementar. Porqu’o fulano é uma besta quadrada. E então há outras qu’ ainda são mais simples do qu’ as coisas simples. Por exemplo, a Telma é boa com’ó milho. Voilà, uma comparação. Ou, a Telma é uma bomba. E neste caso a Telma foi promovida a… sabes o quê? Tenta lá adivinhar?»
Perante o silêncio do Carlos, prosseguiu de imediato:
-«Uma metáfora, pá! Uma metáfora! ‘Tás a ver, pá? Claro como água. Já te viste a fazer um quiasmo com a metáfora? Com a Telma, pá! Com a Telma!»
A Telma. Ai, Senhor, a Telma. A Telma era a mais digna representante do estereotipo-sinédoque preferido do Carlos: as loiras de olhos azuis. »
-«Ora, voltando à minha aplicação erótica das figuras de estilo. O quiasmo é assim uma espécie de 69, só que com frases, percebes? Ou por exemplo, quando a s’tôra de Ciências se põe a falar que nem uma metralhadora e nunca mais se cala e a malta não pe’cebe boi, é uma logorreia. Cuidado, pá, não t’assustes que parece uma doença venérea mas não é. Olha, o director de ciclo é uma perífrase,» o Carlos olhava-o sem saber o que dizer.
-«Sabes porquê?» Inquiriu. «Elementar, caro Watson, elementar. Porqu’o fulano é uma besta quadrada. E então há outras qu’ ainda são mais simples do qu’ as coisas simples. Por exemplo, a Telma é boa com’ó milho. Voilà, uma comparação. Ou, a Telma é uma bomba. E neste caso a Telma foi promovida a… sabes o quê? Tenta lá adivinhar?»
Perante o silêncio do Carlos, prosseguiu de imediato:
-«Uma metáfora, pá! Uma metáfora! ‘Tás a ver, pá? Claro como água. Já te viste a fazer um quiasmo com a metáfora? Com a Telma, pá! Com a Telma!»
A Telma. Ai, Senhor, a Telma. A Telma era a mais digna representante do estereotipo-sinédoque preferido do Carlos: as loiras de olhos azuis. »
domingo, 5 de abril de 2009
Dicotomias
Morrisey dizia que "Keats and Yeats are on your side, while Wilde is on mine." Talvez esta dicotomia oculte mais razões do coração do que estéticas. De qualquer modo, por muito que goste dos primeiros, não se podem esquecer máximas do Tio Oscar como "to love oneself is the beginning of a life long romance."
Absolutely!
Absolutely!
sábado, 4 de abril de 2009
Something
Frank Sinatra considerava-a a mais bela canção de amor, escrita por... Lennon and McCartney.
George Harrison encolheu os ombros a propósito do equívoco.
So what? Afinal, fora ele quem a escrevera!
George Harrison encolheu os ombros a propósito do equívoco.
So what? Afinal, fora ele quem a escrevera!
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Ainda a pop e a pedagogia
Para prosseguir o diálogo com o Jorge Vicente, neste caso pensando em quem (com a soberba comum aos [e às] idiotas) afirma saber quais todos os passos que irá dar e quais os caminhos que irá trilhar no futuro, aqui fica a sabedoria de George Harrison: "If you don't know where you're going, any road will take you there." Poder-se-ia acrescentar com Laurie Anderson, que existe sempre "a twist of fate", o saudável imprevisto.
E já agora, de 6 a 8 de Abril, na Faculdade de Letras de Lisboa, importa estar atento ao colóquio Poéticas do Rock em Portugal.09 - perspectivas críticas de uma literatura menor. Acima de tudo, a não perder Greil Marcus [Obrigado, Bárbara], às 10h de dia 6; o tema é "Digging Up the Ground: Bob Dylan on and Off the Page."
E já agora, de 6 a 8 de Abril, na Faculdade de Letras de Lisboa, importa estar atento ao colóquio Poéticas do Rock em Portugal.09 - perspectivas críticas de uma literatura menor. Acima de tudo, a não perder Greil Marcus [Obrigado, Bárbara], às 10h de dia 6; o tema é "Digging Up the Ground: Bob Dylan on and Off the Page."
quinta-feira, 2 de abril de 2009
A pop e a pedagogia
Para quem por preconceito, ignorância ou qualquer outro motivo, pense que a pop não pode ser um pedagógico espaço de meditação, aqui deixo algo que encontrei em Morrisey e que será particularmente útil a homens de meia-idade:
"Pretty girls make graves."
What else?
Bom dia!
"Pretty girls make graves."
What else?
Bom dia!
quarta-feira, 1 de abril de 2009
A guerra num poema de Herman Melville
"Shiloh"
um requiem
(Abril de 1862)
Flutuando levemente, descrevendo círculos,
Pairam as andorinhas
Sobre o campo em dias nublados,
O campo da floresta em Shiloh-
Sobre o campo onde a chuva de Abril
Confortou corpos ressequidos em sofrimento
Ao longo da pausa da noite
Após o combate de domingo
Em torno da igreja de Shiloh-
A igreja solitária, de troncos feita,
Que para tantos ecoou lamentos de despedida
E sinceras preces
De adversários moribundos ali se confundiram -
Adversários ao amanhecer, amigos ao crepúsculo-
Fama ou país pouco lhes importa:
(Tal como uma bala pode enganar!)
Mas agora no solo jazem
Enquanto as andorinhas sobre eles flutuam,
E o silêncio se instala em Shiloh.
Esta batalha da Guerra Civil americana teve lugar em Abril de 1862. O General Grant foi aqui derrotado pelas forças confederadas.
um requiem
(Abril de 1862)
Flutuando levemente, descrevendo círculos,
Pairam as andorinhas
Sobre o campo em dias nublados,
O campo da floresta em Shiloh-
Sobre o campo onde a chuva de Abril
Confortou corpos ressequidos em sofrimento
Ao longo da pausa da noite
Após o combate de domingo
Em torno da igreja de Shiloh-
A igreja solitária, de troncos feita,
Que para tantos ecoou lamentos de despedida
E sinceras preces
De adversários moribundos ali se confundiram -
Adversários ao amanhecer, amigos ao crepúsculo-
Fama ou país pouco lhes importa:
(Tal como uma bala pode enganar!)
Mas agora no solo jazem
Enquanto as andorinhas sobre eles flutuam,
E o silêncio se instala em Shiloh.
Esta batalha da Guerra Civil americana teve lugar em Abril de 1862. O General Grant foi aqui derrotado pelas forças confederadas.
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