sexta-feira, 10 de abril de 2015

Maldição da memória III

Disse ele um dia numa aula que o Professor Moser tinha uma memória onde tudo cabia. Porque neste espaço vou revelando o que de bom a minha memória vai conservando, devo reservar hoje umas linhas ao Salvato. A ele devo ter-me levado a descobrir aquele que, desde 1979, é o meu livro de cabeceira, Moby-Dick. E também Hawthorne, Dashiell Hammett, Herberto Helder e Carlos de Oliveira. Aquando da conferência sobre Shakespeare em Cascais, o António Feijó (outro amigo) disse – com toda a justeza - que o Salvato se distinguia dos outros pela sua generosidade. Ora, eu, que então ainda estudante e depois jovem assistente-estagiário, fui objecto dessa mesma generosidade (graças a ele pude estar perto – seria excessivo dizer “conviver”- com alguns dos nossos grandes escritores), estarei sempre grato a este amigo, Salvato Telles de Menezes.

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