quinta-feira, 21 de maio de 2015
De "Roteiro dos Navegantes",
de Gianfranco Ravasi, pensando, em particular, nos amigos que não crêem na procura, eis um excerto para meditar sobre o que podem (devem) significar os (in)esperados encontros com a alteridade: "... em cada rosto humano oculta-se o enigma daquele Rosto último, invisível mas representável, às vezes também entrevisto mesmo por aqueles que não o procuram, porque inconscientemente levam em si mesmos o seu reflexo. Precisamente por esta 'semelhança' de fundo entre o humano e o divino é que a frágil embarcação da nossa busca deverá apontar antes de mais para a 'cidade do homem', uma cidade não apenas fascinante e cintilante de luzes, constelada de sinais e de 'caminhos de beleza', mas também arruinada nalguns dos seus bairros onde aparecem 'caminhos de fealdade'. Seja como for, nela está plantado um sinal que indica uma outra cidade mais admirável e perfeita, a 'cidade de Deus'." (p. 39)
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