quinta-feira, 31 de março de 2011
Contra os neo-Werther, a importância do sorriso
Neste nosso mundo intelectual/artístico/literário quem não assume uma pose dolorosa, angustiada, rabugenta, qual Sisifo aflito das costas com o peso do mundo, ou qual Werther tardio, dificilmente poderá ser considerado part of the gang, como dizia o Williams a propósito do Wallace Stevens. Cá por mim, prefiro o sorriso do Maurice Quentin de la Tour aos velhos Werther. A propósito desse sorriso no seu auto-retrato, escreve Laura Cumming:
"... a portraitist for whom the life and soul of human being, and most especially himself, are quite naturally expressed in the smile. La Tour has no qualms about smiling, never worries that it might be thought frivolous or conceited. Where other artists make heavy weather of portraying themselves, he takes the task lightly and seems to have produced more glad-faced self-portraits than any other artist." (in A Face to the World, p. 159)
Aqui vos deixo o tal auto-retrato... sempre, sempre ao lado do... La Tour, com um abraço para o Nicolau!
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"Smile though your heart is aching
ResponderEliminarSmile even though it's breaking
When there are clouds in the sky,
You'll get by
If you smile through your fear and sorrow."
Valha-nos Nat King Cole...
Abraço.