segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Quando Jesus pergunta:

"O que queres que eu te faça?" O que lhe respondes? Eis esta mesma pergunta feita na radicalidade do excesso, como há uns dias, com o seu brilhantismo e lucidez habituais, o Padre Alexandre Palma designou este gesto, em Evangelho segundo S. Lucas 18,35-43: Naquele tempo, quando Jesus Se aproximava de Jericó, estava um cego a pedir esmola, sentado à beira do caminho. Quando ele ouviu passar a multidão, perguntou o que era aquilo. Disseram-lhe que era Jesus Nazareno que passava. Então ele começou a gritar: «Jesus, filho de David, tem piedade de mim». Os que vinham à frente repreendiam-no, para que se calasse, mas ele gritava ainda mais: «Filho de David, tem piedade de mim». Jesus parou e mandou que Lho trouxessem. Quando ele se aproximou, perguntou-lhe: «Que queres que Eu te faça?». Ele respondeu-Lhe: «Senhor, que eu veja». Disse-lhe Jesus: «Vê. A tua fé te salvou». No mesmo instante ele recuperou a vista e seguiu Jesus, glorificando a Deus. Ao ver o sucedido, todo o povo deu louvores a Deus. Em Relatos de um peregrino russo ao seu pai espiritual, de autoria provável de um monge de Atos,o protagonista parte em viagem na busca do encontro com a forma (fórmula ?) de dialogar com Deus. A resposta possível surge numa assunção/revisão deste passo. Ei-la como ele no-la veicula: "... imagina assim o teu coração. ... Adapta cada batimento às palavras da oração. É a isso que os Santos Padres chamam 'levar a mente ao coração'. Assim, ao primeiro batimento, diz ou pensa: 'Senhor'; ao segundo, 'Jesus'; ao terceiro, 'Cristo'; ao quarto, 'tende'; ao quinto, 'piedade'; e ao sexto, ' de mim!' Repete isso muitas vezes. ... Quando estiveres mais habituado, começa a introduzir no teu coração a oração de Jesus e a retirá-la juntamente com a respiração, como ensinam os Padres, isto é, quando aspirares o ar, diz e imagina: 'Senhor Jesus Cristo,' e ao expirares, diz: 'tende piedade de mim!' Faz este exercício tantas vezes quantas puderes, e, em breve, sentirás no coração uma dor suave e agradável, e, mais tarde, um calor reconfortante. Com a ajuda de Deus, atinges a automatização e o prazer da oração interior do coração." (Paulinas, pp. 135-136)

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