segunda-feira, 8 de abril de 2013

A ouvir

Começo por uma reflexão que nada tem de científica... que não tem, aliás, qualquer base sociológica ou histórica, e todavia... Porque é que o jazz não podia ter nascido em Portugal? Já repararam na alegria que todo o músico de jazz experimenta quando outro membro do grupo "divaga" no seu solo? Ora, nós, que temos uma épica nacional que culmina na palavra inveja, jamais poderíamos experimentar esse prazer da "vitória" de um parceiro nosso. O mais provável seria fazer um esgar como quem interroga: "So what?" Já passaram dois anos que neste espaço fiz alusão ao cd de Mário Laginha, Mongrel. Com uma festa do jazz no São Luís de permeio, e depois de ter assistido a um belo concerto deste mesmo Mário Laginha com a notável Maria João, acompanhados de músicos de talento reconhecido, quero deixar-vos hoje nota de um músico de que já ouvira falar mas que não ouvira ainda. Chama-se ele Massimo Cavalli e foi ontem uma agradável surpresa enquanto o Benfica derrotava o Olhanense sem que eu (mea culpa) disso me apercebesse. O seu cd (não percam!) tem por título Varandas do Chiado. Sobre ele escreveu Laurent Filipe: So here is Massimo's personal story, from the "Intro" to "Marce Blues". A story that speaks of lyrical italian imbued emotions in "Sogno 37" to a strong cinematic feel in "Il lungo viaggio" to the somewhat odd bolero of the album title piece "Varandas do Chiado". The melodic and harmonic lines are often windy and unpredictable, the way a bass player likes them to be, taking you to unexpected places. Não percam!

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