quinta-feira, 11 de julho de 2019
Antonio Lopez, uma exposição
do fotógrafo americano no Centro Cultural de Cascais a não perder. A não perder também a leitura de "A Visionary Language", o texto do catálogo da autoria da curadora Anne Morin (aliás, cita Sylvia Plath... que tal?). Aqui vos deixo um breve passo (inicial), precedido destas linhas de Henri Michaud - Queria desenhar a consciência de existir e a passagem do tempo - para aguçar o apetite: Ao escutarmos o primeiro andamento da Sinfonia nº 41 de Mozart, a Sinfonia Júpiter, ficamos de imediato impressionados com a sua estrutura binária, nitidamente definida, e as tonalidades diametralmente opostas e até contraditórias.
Mozart compõe o pano de fundo para este contraponto através de uma interacção subtil de formas, cores e ritmos alternados. Cria uma ligação entre algo flutuante e leve e algo denso e agitado, que troa e ribomba e, no auge da tensão, do seu paroxismo, desencadeia a simetria intrínseca da totalidade da peça. A exuberante fuga ergue-se para marcar a modulação serena de um andante cantabile, decrescendo em seguida para um silêncio breve, antes de elevar nos ares uma vez mais.
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