segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Sugestão de leitura

Maria Irene Ramalho publicou há alguns anos, nos Estados Unidos, uma obra intitulada Atlantic Poets, na qual desenvolve uma abordagem de poetas canónicos - dos dois lados do Atlêntico - no âmbito de uma rede de conexões que se situam além das meras e evidentes continuidades amiúde enunciadas. Desta forma, Pessoa & Companhia são desvendados através de uma estratégia hermenêutica que se pode inscrever nesse impulso analítico que tem vindo a ser designado transnacionalidade, e que, sob o signo da urbanidade, assim revela um fascinante solo de afinidades, não só entre Pessoa e Whitman, mas também entre Pessoa e Crane. Ainda que fundamental para quem pretenda estudar o nosso Modernismo ( e não só), há muito que este livro não está acessível. Em boa hora, contudo, as Edições Afrontamento publicaram uma tradução sua, Poetas do Atlântico, Fernando Pessoa e o modernismo anglo-americano. A ler, portanto, em particular quando, sob a designação de estudos atlânticos, tanta espuma vagueia por aí.

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