quarta-feira, 30 de dezembro de 2015
Alguns versos
de Philip Dacey sobre Edward Weston, um dos maiores fotógrafos americanos do século passado:"Let neither light nor shadow impose on these things/ To give them a spurious brilliance or romance,/ Let the mystery be the thing itself revealed/ There for us to see better than we knew we could."
terça-feira, 29 de dezembro de 2015
No anoitecer da vida, entrar na luz
"O sol inclinava-se em direcção ao poente. Mas o fervor da minha irmã Macrina não decaía; quanto mais se aproximava o momento da partida, mais ela corria em direcção ao seu bem-amado. […] Já não se dirigia a nós, os que estávamos ali presentes, mas apenas Àquele de quem não desviava o olhar […]Como tinha chegado a noite, alguém colocara uma lamparina ali por cima. Macrina então abriu os olhos e dirigiu o seu olhar para aquela luz, manifestando o seu desejo de dizer a oração de acção de graças da luz. Mas faltou-lhe a voz […]; soltou um profundo suspiro e tudo cessou: tanto a oração, como a sua vida." São Gregório de Nissa (c. 335-395)
sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
Deixo-vos versos
de um "dos meus grandes", Eugenio Montale, com votos de um bom fim de semana; e, caso possam, passem pelo CCB à tarde para um evento da Diana Almeida; eu, porque ainda não tenho o dom da ubiquidade, estarei por Mafra, assistindo a outro evento, desta feita um concerto. Eis, então, "La memoria": "La memoria fu un genere letterario/ quando ancora non era nata la escritura./ Divenne pio cronaca e tradizione/ ma già puzzava di cadavere./ La memoria vivente è immemoriale,/ non sorge della mente, non vi si profonda./ Si aggiunge all'esistente come un'aureola/ di nebbia al capo. È già sfumata, è dubbio/ che ritorni. Non ha sempre memoria/ di sé."
terça-feira, 1 de dezembro de 2015
Nani Moretti, "Mia Madre"
Os Cahiers dedicam uma atenção muito especial a este filme no seu número mais recente. Entre os diferentes momentos/textos, muitos dos quais particularmente intensos, que podem cruzar-se com muitas das nossas experiências, memórias, ou até vivências actuais, destaco, não as palavras do realizador, mas esta pergunta/comentário que lhe fez Stéphane Delorme; deixo-a neste espaço porque amiúde é em breves comentários, e não em extensas e rebarbativas redacções, que a inteligência do olhar se desvenda: Ce qui frappe dane le film, c'est la perméabilité entre la vie, les rêves et le tournage. L'émotion n'est jamais là où on l'attend, elle passe sous forme de fluides, comme des infiltrations." (p. 10)
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