quinta-feira, 4 de dezembro de 2014
Walt Whitman
Só para vos despertar o interesse, eis o início do primeiro capítulo (que não é o início do livro!) do meu Essencial sobre Walt Whitman que sairá, em breve, na colecção em que já saiu o meu Esssencial sobre William Shakespeare. Aqui fica, com um abraço:'"Que diria, caro leitor, se eu reclamasse uma relação muito, muito próxima com George Washington, Thomas Jefferson e Andrew Jackson? … Muitas vezes tive o imortal Washington às cavalitas … O tronco do sagaz Jefferson foi rodeado por um dos meus braços enquanto os dedos do outro lhe indicavam letras para soletrar. E embora Jackson seja (estranho paradoxo!) consideravelmente mais velho do que os outros dois, muitas foram as corridas e as cambalhotas que demos os dois.” (Loving 87)
Quando preparou a sua narrativa de memórias, Dias Exemplares, Whitman intitulou uma das secções iniciais “Paumanok, e a minha vida aí em criança e na juventude”. O título revela a relação simbólica entre as impressões iniciais da juventude e as poéticas da maturidade, a qual é evidente naquele que um dia seria dos seus poemas mais conhecidos, “Saído de um Berço, Sempre Embalado”. Escreveu então:
"Eu, aquele que canta as dores e as alegrias, que une o presente e o futuro,/
Aceitando todas as sugestões para se servir delas, mas dando um rápido salto para além delas,/
Canto uma recordação.//
Outrora em Paumanok,/
Quando o perfume do lilás pairava no ar, e a erva de Maio crescia,/
Ao longo desta praia, nas roseiras bravas... (Whitman 237-238)"'
Bom fim de semana!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Professor Avelar, os meus parabéns pela futura publicação de mais um "Essencial...", da qual já temos acesso à capa — belíssima, por sinal.
ResponderEliminarDepois de Shakespeare o Professor convoca um outro vulto da cultura Anglófona, estimulando em nós, afortunados leitores, o conhecimento e o prazer de visitar poemas imortais como a “Canção da Terra que gira”, onde Walt Whitman celebra o poder das palavras e o trabalho dos homens que com elas laboram: “Uma canção da terra que gira, e das palavras que estão em harmonia com ela,/ Estavas a pensar que essas eram as palavras, essas as linhas verticais, curvas, ângulos, pontos?/ Não, não são essas as palavras, as palavras substanciais estão no solo e no mar./ Estão no ar, estão em ti… (Whitman 381-391) ”.
Ficamos à espera do lançamento.
Rui Esteves