sexta-feira, 1 de agosto de 2014
Toledo, vista por Maurice Barrès,
sob o olhar de El Greco: "Em plena luz, a imperial Toledo concentra-se nesta dura montanha com saliências que ela desposa e das quais só o cimo cobre. Os restos dos seus palácios correm largamente para o Tejo, e lá no alto abandonam-lhe uma soberba posição de orgulhosa caída em desgraça. Como transmitir os grandes movimentos monocromáticos desta terra violácea e ocre? Ter-se-iam de assinalar a sua cor e as suas curvas, e depois tornar de igual modo sensíveis as partes com muito alimento, pesadas, onde nenhum edifício é notável mas todos têm, de facto, a nobreza dos grandes espaços repeltos de arquitectura. O enorme rochedo que suporta uma cidade tão gloriosa tem proporções magníficas para servir de engaste a um tal diamante; e por tanto vermos as suas pendentes largas e decididas, as suas negras asperezas que o rio banha, sentimos uma sensação de plenitude."
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