Numa altura em que os sound byte nos inundam quotidiana e esquizofrenicamente, eis algo para meditar sem pressões apressadas, uma reflexão de João Paulo II sobre a mulher e Jesus:
"Desde o início da missão de Cristo, a mulher demonstra para com Ele e para
com o Seu ministério uma sensibilidade especial, que corresponde a uma
característica da sua feminilidade. Convém referir igualmente que tal é
particularmente confirmado face ao mistério pascal, não só no momento da
cruz, mas também na manhã da ressurreição. As mulheres são as primeiras
junto à sepultura. São as primeiras a encontrá-la vazia. São as primeiras a
ouvir: «Não está aqui, ressuscitou como tinha dito» (Mt 28, 6). São as
primeiras a abraçar-Lhe os pés (Mt 28, 9). São também as primeiras a ser
chamadas a anunciar esta verdade aos apóstolos (Mt 28, 1-10; Lc 24, 8-11).
O evangelho de João (cf. também Mc 16, 9) coloca em destaque a
função particular de Maria Madalena, que é a primeira a encontrar Cristo
ressuscitado. [...] Por isso, é conhecida também como a «apóstola dos
apóstolos». Maria Madalena foi testemunha ocular do Cristo ressuscitado
antes dos apóstolos e, por essa razão, foi também a primeira a dar
testemunho diante dos apóstolos.Este acontecimento coroa, em
certo sentido, tudo quanto foi precedentemente dito sobre o facto de Cristo
confiar as verdades divinas às mulheres, em pé de igualdade com os homens.
Pode-se dizer que assim se cumpriram as palavras do profeta: «Derramarei o
Meu Espírito sobre todo o homem e tornar-se-ão profetas os vossos filhos e
as vossas filhas» (Jl 3, 1). Cinquenta dias depois da ressurreição de
Cristo, estas palavras são novamente confirmadas no cenáculo de Jerusalém,
durante a vinda do Espírito Santo Paráclito (Act 2, 17). Tudo o que se
disse até aqui sobre o comportamento de Cristo em relação às mulheres
confirma e esclarece, no Espírito Santo, a verdade sobre a igualdade dos
dois, homem e mulher."
Boa semana!
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