quarta-feira, 19 de setembro de 2018
Lembram-se de "As asas do desejo"?
E daqueles versos de Peter Handke, Als das Kind Kind war? Eis o contexto remoto no qual a ressonância desses versos radica. É ele o da Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios 12,31.13,1-13:
Irmãos: Aspirai com ardor aos dons espirituais mais elevados. Vou mostrar-vos um caminho de perfeição que ultrapassa tudo:
Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos. se não tiver caridade, sou como bronze que ressoa ou como címbalo que retine.
Ainda que eu tenha o dom da profecia e conheça todos os mistérios e toda a ciência, ainda que eu possua a plenitude da fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou.
Ainda que distribua todos os meus bens aos famintos e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada me aproveita.
A caridade é paciente, a caridade é benigna; não é invejosa, não é altiva nem orgulhosa;
não é inconveniente, não procura o próprio interesse; não se irrita, não guarda ressentimento;
não se alegra com a injustiça, mas alegra-se com a verdade;
tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O dom da profecia acabará, o dom das línguas há de cessar, a ciência desaparecerá; mas a caridade não acaba nunca.
De maneira imperfeita conhecemos, de maneira imperfeita profetizamos.
Mas quando vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá.
Quando eu era criança, falava como criança, sentia como criança e pensava como criança. Mas quando me fiz homem, deixei o que era infantil.
Agora vemos como num espelho e de maneira confusa, depois, veremos face a face. Agora, conheço de maneira imperfeita; depois, conhecerei como sou conhecido.
Agora permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e a caridade; mas a maior de todas é a caridade.
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