quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Ciberteologia

foi o tema da conferência de Antonio Spadaro proferida ontem à tarde. Hélas deixei em casa o meu caderno de notas, pelo que assisti à conferência com um misto de revolta (pelo esquecimento) e de impotência (pela manifesta incapacidade de guardar na memória todas as suas reflexões pertinentes). Em contrapartida, mal ela terminou desci a comprar o livro. E foi assim que passei o resto da tarde e o serão, sem interrupções (excepto para ver o episódio sete da 2ª temporada de Newsroom) a lê-lo; algo que concluí pouco depois da meia-noite. Deixo-vos um breve passo que, obviamente, tem a ver com a literatura; ou não fosse Spadaro, também, um estudioso da literatura anglo-americana:
"Foi o poeta Gerald Manley Hopkins que me ajudou a entender o papel da inovação tecnológica; o jazz fez-me entender o papel das redes sociais; os teólogos - de Tomás de Aquino a Teilhard de Cahrdin - esclareceram-me em relação às forças que tornam o homem actuante no mundo, participando da Criação, e que o elevam a uma meta que o supera, bem além de qualquer excesso cognitivo. É a pesquisa inesgotável de sentido que me fez entender o valor do cabo usb que tenho nas mãos. E sei que o meu iPad tem a ver com o meu desejo inextinguível de conhecer o mundo, enquanto o meu Galaxy Note me diz (mesmo quando está silencioso) que eu não sou feito para ficar sozinho. Mas é a poesia de Whitman que me dá o prazer do progresso. E é Eliot que me faz estar atento, para não cair nas suas armadilhas. Mas é também Flannery O'Connor que me faz entender que 'a graça habita mesmo no território do diabo' e, pouco a pouco, o invade. E, portanto, entendo que, mesmo vendo tanto mal na Rede, não posso parar e descansar sobre os louros de um juízo negativo, se..." Bom, fico por aqui, com os points de suspension, para vos aguçar o apetite. Boas leituras!

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