sábado, 30 de maio de 2009

A propósito de Unamuno e do pessimismo filosófico

"A pessimist might initially seem like someone who bears the burden of expectations too thoroughly. But in reality the opposite is the case. The pessimist expects nothing - thus he or she is more truly open to every possibility as it presents itself. A pessimist can recognize and delight in the fact that we live in a world of surprises - surprises that can only strike the optimist as accidents and mishaps, disturbing as they do a preordered image of the world's continuous improvement. This openness to the music of chance lends to the pessimist an equanimity that might strike an outsider as callous. The optimist, on the other hand, must suffer through a life of disappointements, where a chaotic world constantly disturbs the upward path he feels entitled to tread."

Joshua Foa Dienstag, Pessimism - Philosophy, Ehtic, Spirit

Bom fim de semana!

sexta-feira, 29 de maio de 2009

À Terra - Mãe de Tudo

"Cantarei a Terra, mãe universal, de sólidos fundamentos, venerada avó que alimenta no solo tudo aquilo que existe; todos os seres que caminham sobre o solo divino, todos os que nadam nos mares e todos os que voam, alimentam-se das tuas riquezas. Graças a ti, ó soberana, os homens têm boa descendência e boas colheitas! Cabe-te a ti dar vida aos mortais, e retirá-la. Feliz aquele a quem tu concedes a tua magnanimidade! Ele possuirá tudo em abundância. Para ele, a semente na vida será farta na colheita; nos campos, os seus rebanhos serão prósperos e a sua casa será abundante em riquezas. Governam com leis justas uma cidade onde as mulheres são belas; e a grande fortuna, como a opulência, seguirão seus passos. Os seus filhos brilharão numa alegre e vigorosa juventude; as suas filhas, de coração ligeiro, cobertas de grinaldas, dançarão entre as flores suaves do prado; é esse o destino dos que tu contemplas, deusa augusta, divina generosidade!
Salve, mãe dos deuses, esposa do céu estrelado! Que a tua benevolência me conceda como prémio do meu canto uma vida que me seja grata ao coração! No meu íntimo, pensarei sempre em ti nos meus louvores!"

in Oração dos Homens - Uma antologia das tradições espirituais (apresentação, selecção e tradução de Armando Silva Carvalho e José Tolentino Mendonça)

Neste sereno entardecer, porque "sunrise doesn't last all morning" e "all things must pass", aqui fica esta prece.

Ainda D. Miguel de Unamuno,


para mais uma noção central para os meus Pentâmetros Jâmbicos. Continuo a citar Del sentimiento trágico de la vida en los hombres y en los pueblos: "No basta pensar, hay que sentir nuestro destino."


Bom dia!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

D. Miguel de Unamuno foi uma presença silenciosa


na escrita do meu romance Pentâmetros Jâmbicos. Aqui fica algo que o perpassa:

"La memoria es la base de la personalidad individual, así como la tradicíon lo es de la personalidad colectiva de un pueblo. Se vive en el recuerdo y por el recuerdo, y nuestra vida espiritual no es, en el fondo, sino el esfuerzo de nuestro recuerdo por perseverar, por hacerse esperanza, el esfuerzo de nuestro pasado por hacerse porvenir."

Como vedes, o que está ali (no romance) em causa não é um género (o romance histórico, ou o campus novel, por exemplo), mas sim uma confissão, uma meditação sobre a nossa relação com o tempo, com o Tempo, com Deus.

Bom dia!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

"The fascinating chill that music leaves

Is Earth's corroboration
Of Ecstasy's impediment -
'Tis Rapture's germination
In timid and tumultuous soil
A fine - estranging creature -
To something upper wooing us
But not to our Creator -"

Emily Dickinson


Bom dia!

terça-feira, 26 de maio de 2009

Quando na adolescência li (Graças a Deus) compulsivamente

Os Lusíadas, confesso que, contrariamente à generalidade dos rapazes, a quem a gesta épica dos doze de Inglaterra apelava, ou das raparigas, a quem o pathos do episódio de Inês sensibilizava, ou de ambos, quando [assumidamente (caso dos rapazes), ou não assumidamente (caso das raparigas)] iam o encontro do então denegado Canto IX, quem mais me impressionou foi uma figura que estes tempos de yuppies saloios europeistas incultos de laptop e blackberry convictos tem sido sistematicamente treslida.
Refiro-me, obviamente, ao venerando Velho do Restelo; apesar de naquela altura naturalmente ignorar (como esses yuppies continuam a ignorar) que ele figurava antecipadamente a "soul" de Whitman, ou o superego de Freud (outro Touro).
Em homenagem à minha reiterada paixão por essa tão lúcida presença, aqui ficam as estrofes 94 e 95 do Canto IV:

94
Mas um velho, de aspeito venerando,
Que ficava nas praias, entre a gente,
Postos em nós os olhos, meneando
Três vezes a cabeça, descontente,
A vós pesada um pouco alevantando,
Que nós no mar ouvimos claramente,
Cum saber só de experiências feito,
Tais palavras tirou do experto peito:
95
«- Ó glória de mandar, ó vã cobiça
Desta vaidade a quem chamamos Fama!
Ó fraudulento gosto, que se atiça
Cüa aura popular, que honra se chama!
Que castigo tamanho e que justiça
Fazes no peito vão que muito te ama.
Que mortes, que perigos, que tormentas,
Que crueldades neles exprimentas!

Bom dia!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Ainda a propósito da confissão de ontem, devo admitir que


não creio que as/os guardas pretorianas/os das ciências da educação nos ajudassem a decifrar Beata Beatrix, nem sequer a razão pela qual Rossetti (nascido a 12 de Maio de 1828, sob o signo de Touro, portanto, e, aqui ao lado, num auto-retrato de juventude) uma vez mais tomou Elizabeth Siddal para representar aquela Ideia do Amor.

Aqui ficam hoje uns versos sobre a sedução que a música pode exercer. São de Childe Harold's Pilgrimage, de Lord Byron, o qual, segundo Marx (dez anos mais velho que Rossetti e também ele nascido sob o signo de Touro, a 5 de Maio), felizmente morreu cedo, pois se tivesse vivido até à velhice, teria sido convertido às virtudes (não é um adjectivo de Marx, refira-se) do conservadorismo... ao contrário de Shelley, ainda segundo Marx:

"Music arose wit its voluptuous swell,
Soft eyes look'd love to eyes which spake again,
And all went merry as a marriage bell."

Bom dia!

domingo, 24 de maio de 2009

A propósito da simbologia em Beata Beatrix


"Rosetti portrays a trancelike Beatrice presumably in the act of internalized spiritual focus, with her closed eyes prefiguring her future death and heavenly ascendance. The mystical bird bathed in holy light that has alighted on Beatrice's arm recalls the iconic dove used to represent the Holy Spirit. The poppy carried in the bird's beak represents death as well as peace and chastity. A sundial appears to the right of Beatrice's face, and the dial casts its shadow on the hour of nine, a number that Dante connects mystically with Beatrice and her death in numerous ways throughout Vita Nuova. The golden light emanating from Beatrice envelopes the sundial, compositionally framing her face between her hair and the shape of the sundial. The background provides us with a view of the river Arno, its bridge, with the distant silhouette of the Ponte Vecchio and the Duomo of Florence, where Dante and Beatrice both lived until her death in June 1290. To the viewer's right, the figure of Dante stands in front of a well, representing Beatrice's impending rebirth and also his own rebirth as a poet when Beatrice becomes his muse. Dante's figure gazes intently at the figure of Love, who wears a brilliant red dress and who holds a book, presumably the Vita Nuova. Love holds the flaming heart that, in Dante's first dream of Beatrice, Love fed to Beatrice before sorrowfully carrying her with him to Heaven. Rosetti echoes this visionary event by showing Love seemingly beckoning to Dante's figure to follow him off the left side of the picture, perhaps heavenwards."

sábado, 23 de maio de 2009

"Tocam o sino para a novena.

Ouço um momento os passos dos vivos e dos mortos... Em todas as aldeias que conheço..., o que idealiza o monte bruto e espesso, a vida rude e o sítio agreste, é sempre a igreja, a torre e a cruz."
Escreveu Raúl Brandão em Os Pescadores. Há dezoito anos atrás tomei estas palavras para epígrafe (uma das epígrafes) do meu primeiro livro de poemas, Cidades de Refúgio. Quanta sabedoria perpassa por estas palavras!

Bom dia!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

"Somos símbolos e habitamos símbolos",


dizia o Emerson e o Dante Gabriel Rossetti comprova-o nesta figuração da amada.

Bom dia!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Música, voyeurismo e sedução em Amy Lowell



The neighbour sits in his window and plays the flute.


From my bed I can hear him,


And the round notes flutter and tap about the room,


And hit against each other,


Blurring to unexpected chords.


It is very beautiful,


With the little flute-notes all about me,


In the darkness.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

O poder da música



A palavra ao Poeta através de versos colhidos em The Tempest:

"Be nor afeard: the isle is full of noises,

Sounds and sweet airs, that give delight, and hurt not.

Sometimes a thousand twangling instruments

Will hum about mine ears; and sometimes voices,

That, if I then had wak'd after long sleep,

Will make me sleep again: and then, in dreaming,

The clouds methought would open and show riches

Ready to drop upon me; that, when I wak'd

I cried to dream again."

Bom dia!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Perplexidades estéticas



Comprei este disco de Laurie Anderson (Big Science) algures no início dos anos 80. Foi no Outono, na Rua do Carmo. Cheguei a casa e pu-lo no gira-discos.

Apesar de ter sido educado pelos Gentle Giant, pelos Yes, pelos Genesis (iniciais), pelos Led Zeppelin, pelos Emerson, Lake & Palmer, fiquei perplexo com a sonoridade de Anderson e com a sua ironia.

Regresso a ela sempre que posso. Aliás, passou a integrar-me.

Bom dia!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

São misteriosos os caminhos... da Web


Há umas semanas atrás, googlei Laurie Anderson no motor de busca, e eis que dei, literalmente, de caras ... comigo. Explico melhor: a primeira referência que surgiu, foi um poema meu, de Cidades de Refúgio, para o qual escolhera uma epígrafe da artista. Ei-lo:
"Num canal menor
The gift of life is a shot in the dark.
Laurie Anderson
Uma gelosia
entreaberta, um
fulgor na manhã.
Apenas um breve
rumor sob o branco:
no lugar da fonte
nova, senti o
olhar do poeta,
gato, príncipe, em
seu trono. Não são
esses os caminhos
de Sião."

quinta-feira, 14 de maio de 2009

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Diálogos com a imagem



Escreve Manuel Castro Caldas a propósito da pintura de Miguel Branco:

"Chamamos pintores aos que obsessivamente voltam ao cadáver da Pintura, como a um grande amor, buscando uma plenitude sempre adiada. Pouco importa de não se encontra isso que no desejo se configura, que no desejo assombra: uma obliquidade habitará a viagem de 'retorno', fará dela uma construção, um construtivismo."

A pintura de Miguel Branco seduz pela fina ironia que perpassa o seu diálogo com a História da Arte através das suas margens, dos seus detalhes, dos seus fragmentos, das suas quase invisibilidades.

A não perder na Assírio & Alvim.

Hoje, ao fim do dia, pelas 18.30h, mais precisamente, na FNAC do Chiado, este yours truly apresenta o livro de Aurélio Lopes, Videntes e Confidentes - Um estudo sobre as aparições de Fátima.

Bom dia!

terça-feira, 12 de maio de 2009

A palavra do poeta






Hoje, a palavra a Leonard Cohen:





"If it be your will
That I speak no more
And my voice be still
As it was before
I will speak no more
I shall abide until
I am spoken for
If it be your will

If it be your will
That a voice be true
From this broken hill
I will sing to you
From this broken hill
All your praises they shall ring

If it be your will
To let me sing
From this broken hill
All your praises they shall ring
If it be your will
To let me sing
If it be your will
If there is a choice
Let the rivers fill
Let the hills rejoice
Let your mercy spill
On all these burning hearts in hell

If it be your will
To make us well
And draw us near
And bind us tight
All your children here
In their rags of light
In our rags of light
All dressed to kill
And end this night
If it be your will
If it be your will."

By the way:

Chicago Tribune Review
[Posted 11 May 2009 ]
[...] Cohen's deadpan baritone suited the material perfectly, and singers Charley and Hattie Webb followed suit with a beautifully unadorned reading of "If it be Your Will."
Read the full review...
Compreende-se, portanto, que as fotografias acima, junto a um Cohen brindando-nos, são das sublime [Palavra de Cohen] Webb Sisters.


segunda-feira, 11 de maio de 2009

Jean Verdenal

Neste dia nasceu Jean Verdenal, a quem Eliot dedicou o seu primeiro livro de poemas, Prufrock & Other Observations.
A epígrafe do livro que não a do poema, refira-se, era retirada da Divina Comédia:

Ora puoi la quantitate
comprender dell'amor ch'a te mi scalda,
quando dismento nostra vanitate,
trattando l'ombre come cosa salda. (Purgatorio XXI, 133-6)


O anjo que acompanha quem nasceu neste dia é Nanael.
Por seu turno, a Igreja Católica celebra o abade Santo Hugo de Cluny e Santa Maria Bertilla Boscardin, religiosa enfermeira.

Bom dia!

domingo, 10 de maio de 2009

Ir a Belém e falar austríaco


Uma questão sensível na ida do Presidente Obama à Terra Santa, prende-se com o seu insistente desejo de ir a Belém. Os serviços secretos americanos, o governo israelita e a autoridade palestiniana tentaram dissuadi-lo, visto poder ser particularmente perigoso para ele. O Presidente Obama insistiu, porém, pois fazia questão de visitar... o sítio onde nasceu.
Não resisto a inserir esta anedota, já que, por contraponto com o manancial de anedotas providenciado pelo Presidente Bush, o discurso cerebral, analítico e ponderado do Presidente Obama não dá grandes tópicos para este tipo de registo.
Ou então, quando dá, os media olham para o lado. Vejam, por exemplo, quando, numa conferência de imprensa, disse que não falava... austríaco.
Pobre Bush! Tivesse ele dito isto e não raros seriam os epítetos evocados, dos quais ignorante seria, por certo, o menos ofensivo.
Continuação de bom domingo!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Conferência

Americanistas, as actividades esta semana são intensas!
Hoje, a não perder, uma iniciativa da Secção de Estudos Ingleses e Americanos, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa:
às 16h, no Anfiteatro 001, Torre A, o Professor Stephen J. Wayne, de Georgetown, aborda o tema, The Obama Administration - Personnel and Policy Issues.

Bom dia!

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Tentativas de sedução

Deixai-me seduzir-vos com três sugestões para Lisboa, hoje:
. encontro sobre literaturas europeias na Universidade Aberta (yours truly fala às 12h sobre Eliot);
. palestra de Cecília Martins, sobre cinema, às 18h, no Instituto de Cultura Americana da Faculdade de Letras;
. inauguração de exposição de pintura, às 18h, na Assírio & Alvim.

Boas escolhas!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Ainda a propósito de Melville



Porque sei que são alguns os interessados nestas andanças, alerto-vos para o trabalho da jornalista Maria Leonor Nunes, sobre os poemas do Melville, na edição do JL hoje vinda a lume.

É a vós que estas incursões se destinam.

Boas leituras!

terça-feira, 5 de maio de 2009

Ainda "Os caçadores na neve"

Hoje é a vez de Joseph Langland:

"Quail and rabbit hunters with tawny hounds,
Shadowless, out of late afternoon
Trudge toward the neutral evening of indeterminate form
Done with their blood-annunciated day
Public dogs and all the passionless mongrels
Through deep snow
Trail their deliberate masters
Descending from the upper village home in lovering light.
Sooty lamps
Glow in the stone-carved kitchens.
This is the fabulous hour of shape and form
When Flemish children are gray-black-olive
And green-dark-brown
Scattered and skating informal figures
On the mill ice pond.
Moving in stillness
A hunched dame struggles with her bundled sticks,
Letting her evening's comfort cudgel her
While she, like jug or wheel, like a wagon cart
Walked by lazy oxen along the old snowlanes,
Creeps and crunches down the dusky street.
High in the fire-red dooryard
Half unhitched the sign of the Inn
Hangs in wind
Tipped to the pitch of the roof.
Near it anonymous parents and peasant girl,
Living like proverbs carved in the alehouse walls,
Gather the country evening into their arms
And lean to the glowing flames.
Now in the dimming distance fades
The other village; across the valley
Imperturbable Flemish cliffs and crags
Vaguely advance, close in, loom
Lost in nearness. Now
The night-black raven perched in branching boughs
Opens its early wing and slipping out
Above the gray-green valley
Weaves a net of slumber over the snow-capped homes.
And now the church, and then the walls and roofs
Of all the little houses are become
Close kin to shadow with small lantern eyes.
And now the bird of evening
With shadows streaming down from its gliding wings
Circles the neighboring hills
Of Hertogenbosch, Brabant.
Darkness stalks the hunters,
Slowly sliding down,
Falling in beating rings and soft diagonals.
Lodged in the vague vast valley the village sleeps."

Boas leituras!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Provocação irónica



Num dia tão bonito em Lisboa, em que o apelo do Guincho se sobrepõe a qualquer ética do trabalho, a única vingança que encontro, devido à obrigação de... ficar a trabalhar, é citar os primeiros versos de "The Love Song of J. Alfred Prufrock", de T. S. Eliot:

"Let us go then, you and I,
When the evening is spread out against the sky
Like a patient etherised upon a table;
Let us go, through certain half-deserted streets,
The muttering retreats
Of restless nights in one-night cheap hotels
And sawdust restaurants with oyster-shells:
Streets that follow like a tedious argument
Of insidious intent
To lead you to an overwhelming question...
Oh, do not ask, 'What is it?'
Let us go and make our visit."

Não vos deixeis cair em tentações e contentai-vos com a fotografia... do Guincho, claro!
Vede como a poesia pode ser pedagogicamente útil.
Bom trabalho!


domingo, 3 de maio de 2009


"I learned quickly enough when to click the shutter, but what I was becoming aware of more slowly was a story-writer’s truth; the thing to wait on, to reach there in time for, is the moment in which people reveal themselves. You have to be ready, in yourself; you have to know the moment, when you see it. The human face and the human body are eloquent in themselves, and a snapshot is a moment’s glimpse (as a story may be a long look, a growing contemplation) into what never stops moving, never ceases to express for itself something of our common feeling. Every feeling waits upon its gesture."
Eudora Welty

sábado, 2 de maio de 2009

As caixas de Joseph Cornell



Para registar a palestra de Teresa Alves sobre Joseh Cornell, aqui fica uma caixa. Universos fragmentários (microcosmos?), apontamentos autobiográficos, Arte pop e legado whitmaniano convergindo num só depósito.

À mesma hora da próxima quinta-feira, o Instituto de Cultura Americana prossegue este ciclo de palestras com Cecília Martins sobre cinema.

Bom sábado!